A maioria dos edifícios não está preparada para o ar-condicionado, diz professor

O verão é a estação mais quente do ano, mas com as mudanças climáticas os dias esquentam ainda mais e assim a busca pelo ar-condicionado vem aumentando. Porém, a falta de informação sobre o melhor aparelho e a falta de estrutura de alguns locais acabam impedindo a instalação ou mesmo a compra do melhor modelo. Ao RDtv desta terça-feira (23/01) o professor de Engenharia Elétrica do Instituto Mauá de Tecnologia, Edval Delbone, apontou como uma das principais dificuldades a falta de espaço na maioria dos edifícios.

“O que acontece aqui em São Paulo, no ABC, na Grande São Paulo como um todo é que existem muitos edifícios que não estão preparados para ter um aparelho de ar-condicionado”, aponta o professor que demonstra preocupação principalmente com os edifícios residências mais antigos. A falta de espaço para a instalação de uma coifa reduz a possibilidade de um aparelho que possa ser adequado para aquele espaço, principalmente para aqueles que moram em andares mais baixos e que não contam com uma grande circulação de vento por causa de outros prédios, por exemplo.

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A falta de espaço adequado, segundo o especialista, acaba forçando a compra de aparelhos portáteis, que são mais barulhentos e que geram alguns incômodos, principalmente com a necessidade de algumas “gambiarras” para que o filtro que tira o ar quente do ambiente para que ele se resfrie.

Fato diferente do que ocorre nos grandes escritórios ou mesmo em outros locais com maior espaço, como as agências bancárias, que contam com uma aparelhagem central que reduz a temperatura através de grandes tubos.

Edval considera que com o aumento das temperaturas é possível que os arquitetos pensem em projetar prédios que jjá estejam prontos para um sistema de ar-condicionado (Foto: Reprodução/RDtv)

No caso das residências, o mundo ideal é que tenha um espaço para a instalação de uma coifa, o que facilita a instalação dos melhores modelos. Além disso, Edval aponta que os modelos que contam com o sistema Inverter, apesar de mais caros, são os melhores quando levam em conta o consumo.

“Esse aparelho (o Inverter) controla a velocidade do compressor, então ele não fica no liga e desliga. Por exemplo, se uma pessoa ligou o ar-condicionado e colocou em uma determinada temperatura, 20°C, por exemplo. O aparelho comum quando alcança essa temperatura ele acaba desligando. Quando esquenta novamente ele liga. Isso gera muito consumo com o aparelho. O Inverter controla a velocidade do compressor, portanto, mantém a temperatura e assim gera um gasto de energia menor”, explica.

Para quem mora em edifícios é necessário muito cuidado ao pensar na instalação de um ar-condicionado. Em muitos locais, além da falta de espaço, a infraestrutura de energia fornecida pela concessionária (Enel, por exemplo) não é a ideal, o que pode gerar quedas no fornecimento. Neste caso, o melhor dos mundos é que a decisão seja feita coletivamente e a concessionária seja acionada para realizar as mudanças necessárias para que não ocorra nenhum problema.

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