Bolsas de NY fecham em alta de 1% e Dow Jones renova recorde, após Fed indicar cortes em 2024

As bolsas de Nova York fecharam em alta de mais de 1%, com o índice Dow Jones renovando a máxima histórica e fechando acima de 37 mil pontos pela primeira vez, apoiadas pela perspectiva de que o Federal Reserve (Fed) poderá cortar os juros em até 150 pontos-base em 2024 e seguindo falas do presidente do BC americano, Jerome Powell, de que as discussões sobre relaxamento monetário já iniciaram.

O índice Dow Jones subiu 1,40%, aos 37.090,24 pontos, o Nasdaq fechou em alta de 1,38%, aos 14.733,96 pontos e o S&P 500 avançou 1,37%, aos 4.707,09 pontos. Todos os 11 subíndices do S&P 500 fecharam em alta.

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Após a autoridade monetária americana manter os juros inalterados, o que já era previsto pelo mercado, Powell afirmou que a taxa básica chegou ou está perto de seu pico, o que ajudou a dar fôlego às bolsas de Nova York, que já operavam no azul. Já a ferramenta do CME Group elevou as chances de o primeiro corte de juros do Fed ser em março de 46,7% a 72,2%.

Já para Enzo Pacheco, analista da Empiricus Research, Powell foi “dovish” em seu discurso, com o presidente do BC sinalizando uma pré-disposição para iniciar o corte de juros. Ainda, destacou que o que “animou” os mercados foi a fala do presidente do BC de que não é necessário que a inflação esteja nos 2% para o BC iniciar seu corte de juros. A possibilidade também constou no gráfico de pontos, com 15 dirigentes prevendo que a taxa básica esteja entre 4,25% e 5,0% até o fim de 2024.

Já segundo o Jefferies, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) sinalizou que a taxa já alcançou seu nível terminal, mas como os integrantes do FOMC “não querem que as condições financeiras afrouxem”, estão mantendo a opção aberta de outro aumento de juros. “No entanto, dado o progresso recente nos dados em direção aos objetivos, parece que esta alta está fadada a não acontecer”.

O fôlego ajudou à Apple a renovar seu recorde de fechamento, com sua ação subindo 1,67%, a US$ 197,96 o papel, ante recorde anterior de US$ 196,45. Na contramão, a Pfizer caiu 6,70%, após alertar que sua receita poderá cair em 2024 devido à baixa demanda de produtos relacionados à covid-19.

*Com informações da Dow Jones Newswires

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