O câncer de pele é o tipo mais comum no mundo e também no Brasil, país tropical onde o sol predomina durante a maior parte do ano. A cada ano, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra cerca de 185 mil novos casos, e o Dezembro Laranja chega para reforçar os cuidados em relação a doença. Ao RDtv, a oncologista da Clínica da Oncologia da Rede D’Or e do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), Mirella Nardo, comenta sobre sintomas que podem surgir desde a infância, bem como algumas atitudes que devem ser tomadas para se prevenir do câncer de pele.
A onda de calor que atingiu recentemente o País acende alerta para os cuidados com a saúde, principalmente pela exposição a radiação emitida pelo sol em dias de calor extremo. Mirella conta que além do calor intenso, outros fatores validam o aumento dos casos de câncer de pele. “Além da radiação solar, temos também as pessoas que são expostas a luz artificial por muito tempo, o que também desencadeia o câncer, além também de fatores no histórico familiar”, destaca.
A oncologista determina os sintomas do câncer de pele com a regra do ABCDE, onde a partir de manchas pelo corpo, é analisado: assimetria da mancha, bordas irregulares, cores variadas ou mais de um tom, diâmetro maior de 5mm e evolução da mancha, onde se analisa o crescimento pelo corpo desses sinais.
Para se prevenir e se proteger da exposição aos raios solares, o protetor solar é a primeira opção que vem na mente. Mirella conta que há outras maneiras que também são eficazes. “O horário de maior pico dos raios solares é das 10h até às 16h. Então é importante que as pessoas entendam que esse é um horário de cuidado com a pele, passando o protetor solar 15 minutos antes da exposição e repassando a cada 2 horas, além do uso de roupas, óculos de sol, e priorizar a sombra enquanto estiver fora”, reforça. Além disso, conta que o cuidado com crianças é redobrado, onde boa parte dos casos que surgem na fase adulta tem origem em hábitos da infância, como a alta exposição ao sol em parques e praias.
A prevenção, segundo a oncologista, pode variar de pessoa para pessoa. Por isso, é importante buscar um dermatologista para fazer a dermatoscopia, análise do corpo feita para detectar possíveis variações e fontes de tumores originários do câncer de pele.
Mirella conta que o câncer de pele tem cura, mas que ainda assim, é importante todo o cuidado para evitar a doença, que pode ser fatal. “O câncer de pele pode ser uma doença muito agressiva. Por isso que, períodos como o Dezembro Laranja, chegam para nos lembrar de cuidar da nossa pele”, ressalta a oncologista.