Moody’s atribui rating Aaa dos EUA a ‘formidáveis’ fundamentos de crédito

Ainda que tenha revisado a perspectiva de crédito dos Estados Unidos para negativa, a Moody’s explicou que manteve o rating Aaa por conta dos “formidáveis” fundamentos de crédito no país. Segundo a agência, a maior economia do planeta dispõe de uma forte estrutura institucional e de governança, apoiada em particular por uma política monetária e macroeconômica efetiva.

A instituição destaca que, mesmo com ajustes no setor financeiro para um ambiente de juros mais altos por mais tempo, as autoridades têm facilitado a transição para essa nova realidade de uma maneira transparente e eficiente.

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Por outro lado, a Moody’s alerta que o déficit fiscal no país deve permanecer elevado, de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) no curto prazo a cerca de 8% em 2033. Para o mesmo ano, A expectativa é de que o pagamento de juros em relação à receita suba a 26% em relação a receita e a 4,5% ante o Produto Interno Bruto (PIB). Já a dívida subirá de 96% do PIB em 2023 a 120% em 2023, afirma a empresa.

Escalada dos juros dos Treasuries põe pressão sobre acessibilidade da dívida

A Moody’s alerta que a recente escalada dos juros dos Treasuries deve colocar mais pressão sobre a acessibilidade da dívida americana. Para a agência, o país carece de um “foco institucional” para planejar a sustentabilidade da dívida pública, o que contribui para o quadro preocupante.

A instituição prevê que o rendimento da T-note de 2 anos deve atingir média de 4,5% em 2024 e 4,0% no médio prazo. Pela previsão da empresa, o Federal Reserve (Fed) deve manter os juros elevados por mais tempo.

“A Moody’s espera que o Federal Reserve cumpra finalmente o seu duplo mandato, embora através de um processo que resultará num abrandamento mais pronunciado da demanda e poderá envolver algumas bolsas de tensão no setor bancário no curto prazo”, afirma.

A nota da agência pontua também que a preocupação com a deterioração da dívida fiscal poderia ser diminuída caso a economia dos EUA enfrente uma “surpresa positiva”, o que desaceleraria a deterioração da dívida. Além disso, o papel central desempenhado pelo dólar e pelos títulos do Tesouro americano, os Treasuries, dá maior capacidade de financiamento ao Governo american

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