A General Motors (GM) enviou neste sábado (21/10) telegramas comunicando a demissão de funcionários das fábricas de São José dos Campos, São Caetano e Mogi das Cruzes. Em nota, a montadora afirma que a decisão deve-se à necessidade de adequar o quadro nas fábricas paulistas por conta da queda nas vendas internas e nas exportações.
A companhia ocupa atualmente a terceira posição no mercado brasileiro, com 14,9% de participação, atrás da Volkswagen, com 15,9%, e da Fiat, com 23%.
A medida, segundo a empresa, foi tomada após várias tentativas de ajustes, como a suspensão temporária de contratos de trabalho, o chamado layoff, férias coletivas e dias de folga, além da proposta, rejeitada pelos trabalhadores, de abertura de um programa de demissões voluntárias.
“Entendemos o impacto que esta decisão pode provocar na vida das pessoas, mas a adequação é necessária e permitirá que a companhia mantenha a agilidade de suas operações, garantindo a sustentabilidade para o futuro”, diz a GM. A montadora não informou o número total de trabalhadores demitidos.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva (Cidão), expressou preocupação com a decisão da General Motors de enviar telegramas de demissão aos trabalhadores. Ele pretende pedir a suspensão das demissões e iniciar negociações, podendo considerar um movimento, como uma greve, em protesto.
Cidão convocou os trabalhadores notificados a comparecerem na sede do sindicato neste domingo (22/10) para criar uma lista dos afetados, com o número total de demitidos previsto para segunda-feira. A situação demonstra tensão entre a empresa e o sindicato.