Cidades da região não seguem São Caetano na gratuidade do transporte público

Em São Caetano a prefeitura quer implantar o passe livre nos ônibus. Projeto ainda precisa passar na Câmara. (Foto: divulgação/VIPE)

São Caetano anunciou o passe livre no transporte municipal esta semana, a medida ainda precisa de aprovação na Câmara, onde o prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) tem ampla maioria. Outras cidades da região, no entanto, não sinalizam com a possibilidade, nem sequer estudam a viabilidade de não cobrar pelas passagens de ônibus.

As prefeituras sustentam que no sistema de transporte de São Caetano é mais viável a gratuidade porque transporta menos passageiros.  Santo André disse que a SATrans está  contratando estudo técnico sobre o sistema de concessão do transporte público, levantamento este que apresentará a viabilidade econômica e financeira. Na cidade a tarifa custa R$ 5 para usuário comum e de R$ 6,50 no vale-transporte. “Salientamos que o município transporta aproximadamente 4 milhões de passageiros por mês nas 47 linhas municipais. Em alguns itinerários, a demanda mensal ultrapassa 400 mil passageiros, mesmo número que é transportado mensalmente em todo o sistema de São Caetano. O município de Santo André não paga nenhum subsídio às concessionárias”, informou a prefeitura, em nota.

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A prefeitura de São Bernardo informou em nota que também não paga subsídio e que a tarifa hoje é única e custa R$ 5,75. Sobre a gratuidade adotada por São Caetano a cidade informa que os sistemas das duas cidades são muito diferentes. “É importante destacar que em São Bernardo cerca de 200 mil pessoas utilizam o transporte público municipal diariamente, número superior ao total de habitantes de São Caetano, e a frota municipal é quase dez vezes maior (380 veículos). A gratuidade é garantida para idosos acima de 60 anos, aposentados por tempo de serviço, invalidez ou acidentária e pensionistas, pessoas com deficiência e seu acompanhante (quando necessário), menores de cinco anos de idade e estudantes”, detalha a administração em nota.

Diadema disse não ter nenhum estudo no sentido da gratuidade, mas na cidade o transporte já custa menos aos domingos e feriados. Na cidade a passagem de ônibus custa R$ 6, se o passageiro pagar em dinheiro tem R$ 0,50 de desconto, se usar o cartão SOU a tarifa cai para R$ 4,25. Pelo vale transporte as empresas pagam valor integral de R$ 6. Nos domingos e feriado a tarifa é de R$ 2, em dinheiro ou cartão SOU. Na cidade o sistema, que é operado pela Suzantur transporta mais de 60 mil pessoas por dia. A prefeitura explica que não paga subsídios para manter o sistema, mas arca com cerca de R$ 1 milhão por mês para compensar as gratuidades de tarifas.

Ribeirão Pires, que transporta 20 mil passageiros por dia também não tem estudo para a implementação e diz que esse tipo de assunto deve ser tratado de forma regional, através do Consórcio Intermunicipal. O valor da tarifa no município é de R$ 5,50 em dinheiro e R$ 4,85 no cartão Busfácil. Na cidade os ônibus já são de graça aos domingos e feriados, para isso a prefeitura paga um subsídio de R$ 200 mil por mês para a empresa concessionária.

Mauá e Rio Grande da Serra não responderam.

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