Em outubro, duas datas chamam a atenção na conscientização sobre cuidados com a saúde. Dia 17 de outubro marca o Dia Mundial do Combate a Dor e, ao longo do mês, acontece o Outubro Rosa, que alerta para prevenção do câncer de mama. O que se tem como elo nestas mobilizações é a dor.
Quando crônica, já atinge mais de um quarto da população adulta mundial, além de afetar crianças, adolescente e idosos, sendo um problema de saúde pública, ao limitar o indivíduo em suas atividades profissionais e pessoais. O diagnóstico e tratamento são essenciais para proporcionar ao paciente qualidade de vida.
No caso da Dor Oncológica, associada ao Câncer de Mama, o contexto é ainda mais delicado, por envolver, na maioria dos casos, um acompanhamento pós-cirúrgico, depois da retirada do tumor. E, com as mulheres, além da dor física, há fatores emocionais relevantes, por afetar diretamente a autoestima feminina e sua sexualidade.
“Nestes casos é preciso um olhar mais amplo, também para as sequelas emocionais, que afetam a mulher nesta jornada, pois a dor oncológica é diferente de todas as outras, por ser biopsicossocial”, alerta Augusto Barsella, médico anestesiologista, especialista em dor e diretor da Clínica Tidor, de São Bernardo.
Em geral, a mastectomia é a cirurgia que exige mais cuidados, pois pode induzir a um quadro de dor neuropática, pela própria extensão das incisões para retirada da mama. Em alguns pacientes estas dores podem surgir, mesmo após alguns meses do procedimento.
Quimioterapia e Radioterapia também podem ter resultados dolorosos, durante a após o tratamento. “Deve-se avaliar caso a caso para definir a melhor conduta, com práticas integrativas e equipe multiprofissional, com tratamentos que podem incluir infiltrações, drenagem linfática, fisioterapia e orientação psicológica e nutricional, além dos fármacos”, diz.