ABC - segunda-feira , 29 de abril de 2024

Muro de arrimo com rachaduras ameaça escola municipal em Diadema

Muro com rachaduras e infiltrações cerca a escola. Prefeitura diz que não há risco, mas parte do parquinho está interditada. (Foto: Redes Sociais)

Os pais de alunos da escola municipal Aurélio Buarque de Holanda, no Jardim Casa Grande, em Diadema, estão muito preocupados e alguns consideram a possibilidade de não mandar os filhos para a escola por risco de acidente. Tudo porque um muro de arrimo que fica atrás do colégio tem muitas rachaduras, tem infiltrações e até parte do parquinho da escola já foi interditado. Pais dizem que essa interdição não é suficiente e que se o muro cair poderá atingir salas de aula. A prefeitura minimizou o problema, diz que não há risco iminente e que equipes de manutenção e da Defesa Civil já estiveram no local e monitoram o muro. Porém ainda não há previsão para obras no local.

Os pais foram surpreendidos no final de setembro, na reunião de pais, quando foram informados das condições do muro, e que uma árvore que estaria causando danos à estrutura já tinha sido removida. A escola também afirmou aos pais que ofícios já foram enviados à prefeitura pedindo reparos. No colégio, segundo a prefeitura estudam 280 alunos entre quatro e cinco anos de idade, considerando todo o período de aulas. No prédio atuam ainda 27 funcionários diretos e indiretos.

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Erica Morgana, tem seu filho de cinco anos nesta escola desde o início deste ano. Ela ficou sabendo do problema pelo próprio filho, antes da reunião. “Na reunião do mês passado nos foi passado sobre o muro, mas eu fiquei sabendo primeiro pelo meu filho que disse que não podia brincar no balanço que fica perto do muro, porque a professora disse que o muro estava caindo e poderia machucá-lo. Eu recebi uma mensagem da escola sobre o muro esta semana, e quando fui na reunião vi a faixa de interdição”, explica.

Preocupada, a mãe teme pela segurança do filho, mas também não quer afastá-lo das aulas. “Quando mando meu filho eu sempre oro com ele, pedindo proteção. Se eu não mando o Conselho Tutelar me cobra mandando carta. Ele não é de faltar, só quando está doente, mas essa semana conversamos eu e meu marido se deveríamos mandar ele em dia de chuva. Se chover e cair, com eles na sala do lado do muro, com janelas de vidro? E se cai em cima deles? É uma preocupação diária”, relata a mãe.

Silvana silva Barra, tem uma neta de seis anos que estuda no Aurélio Buarque. Ela conta que está com muito medo desde soube da situação do muro. “Ela não pode deixar de frequentar a escola porque podemos perder nosso auxílio e ainda responder ao Conselho Tutelar. Além da parte interditada o parquinho está cheio de lixo”, relata a avó.

Em nota, a prefeitura diz que está ciente e acompanha de perto a situação. “A Defesa Civil, equipe da secretaria de Obras e equipe de manutenção da secretaria da educação que acompanha a escola fazem visitas regulares. Sobre a situação do muro e as providências tomadas, a Prefeitura de Diadema informa que a Defesa Civil realizou vistoria no local em abril. Também foi mobilizada a Sabesp por conta da infiltração de água e o setor de Meio Ambiente, que já executou a supressão da árvore que oferecia risco ao muro. Também esclarece que está sendo realizado estudo para avaliar qual deve ser a extensão da obra e reparos necessários tendo em vista as necessidades de toda a comunidade escolar. Segundo a Defesa Civil não há risco eminente e por isso nenhuma sala de aula foi isolada, mas estamos em constante monitoramento”. A prefeitura informa ainda que a maior parte do parquinho está liberada para uso e somente um balanço foi interditado.

Comunicado distribuído pela escola aos pais. (Foto: Reprodução)

 

 

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