ABC - segunda-feira , 29 de abril de 2024

ABC teve saldo positivo de geração de empregos com 4.217 vagas

Em números absolutos o mês de agosto teve a liderança de São Bernardo, que sozinha responde por 38% dos empregos gerados no ABC no período, a cidade teve saldo de 1.601 vagas.

Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados nesta segunda-feira (02/10) pelo Ministério do Trabalho, mostram que no mês de agosto o ABC teve saldo positivo de geração de empregos com 4.217 vagas. O saldo é a diferença entre o número de trabalhadores admitidos e o de dispensados. De janeiro a agosto o saldo já é de 12.724, o que significa um avanço de 1,70% no estoque de empregos da região. Os números são menores do que os registrados nos oito primeiros meses do ano passado quando o crescimento do volume de trabalhadores empregados estava em 3,70% em agosto.

No acumulado deste ano as cidades menores da região despontam com melhor desempenho na geração de empregos. Rio Grande da Serra viu o nível de emprego crescer 4,45%. Ela é seguida por Mauá, com 4,04% e Diadema com 2,80% de variação do número de pessoas empregadas entre janeiro e agosto. As demais cidades variaram perto de 1%. Em números absolutos o mês de agosto teve a liderança de São Bernardo, que sozinha responde por 38% dos empregos gerados no ABC no período, a cidade teve saldo de 1.601 vagas.

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Para o gestor do curso de economia da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), Volney Gouveia, as questões macroeconômicas ainda afetam a geração de emprego freando as contratações. “O país ainda está preso nesse cenário de crise econômica, com juros altos, e o programa Desenrola, ainda está no início e esses fatores atrapalham o desempenho da economia. Se olharmos os números acumulados dos últimos doze meses (veja quadro nesta página) percebemos uma tendência de recuperação gradativa, principalmente no setor de serviços que é muito presente na nossa região. Eu avalio que estamos em um ciclo saudável”, diz o economista.

Gouveia é otimista, mas está baseado em fatos que tornam e economia mais saudável e cria condições para as contratações. “Quando se observa uma resolução para a taxa de endividamento, se tem programa de valorização do salário mínimo, se prevê a redução do Imposto de Renda, isentando o trabalhador que ganha até R$ 2,6 mil e também vemos incentivos para o setor de habitação e uma queda gradativa na Selic (taxa básica de juros) temos espaço para que 2023 tenha tendência de ser melhor em termos de empregos do que no ano passado. Os analistas econômicos previam um crescimento da economia, no início do ano em 0,7% e já estamos e, 2,9% então podemos esperar um percentual bem acima das previsões”.

O economista prevê que o fim deste ano vai fazer a curva da geração de emprego se voltar ainda mais para cima nos gráficos. “O segundo semestre, em geral, é mais forte para o emprego e daqui em diante já vão começar as contratações temporárias de fim de ano”, analisa.

Sobre as cidades que tiveram uma alta do nível do emprego acima da média da região, Volney Gouveia diz que é preciso analisar mais a fundo os números, mas diz que algumas cidades tiveram mais dificuldade para a recuperação do seu emprego. “Agora essas cidades estão se sobressaindo amparadas nas demais, estão recuperando o tempo perdido”, completa.

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