ABC - quinta-feira , 2 de maio de 2024

Força tarefa retira moradores de terreno do antigo Lixão do Alvarenga

Agentes da Guarda Civil acompanharam a fiscalização no local que derrubou barracos. (Foto: Rede Social)

Uma força tarefa que envolveu agentes ambientais, polícia militar e guardas civis retirou moradores da área do antigo lixão do Alvarenga na manhã da terça-feira (25/07), em São Bernardo. A área é conhecida pelos nomes de Sítio Joaninha e de Vila da Paz. Diversos barracos de madeira foram demolidos e a prefeitura de São Bernardo disse que cumpre decisão judicial de preservar e evitar a ocupação da área que tem contaminação no solo.

Em nota, a prefeitura de São Bernardo disse que a operação não foi uma ação de reintegração de posse, mas uma operação comandada pelo GFI (Grupo de Fiscalização Integrada) da APRM Billings, composto por representantes da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Governo do Estado, Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Polícia Militar Ambiental e prefeituras. “As ocupações irregulares, situadas em área particular e de proteção ambiental, estão sendo notificadas sobre a necessidade de deixar o local em prazo predeterminado, mediante concessão de auxílio Renda Abrigo.

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As obras incipientes do local (barracos sem moradores) estão sendo demolidas de forma a evitar novas invasões. A área em questão já foi objeto de diversos apontamentos e questionamentos do TCESP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo), uma vez que os municípios de São Bernardo e Diadema são obrigados, por ordem judicial, a zelar pela fiscalização e preservação da área, considerada de risco e contaminada, com camadas de lixo depositadas no solo”. A prefeitura de Diadema disse que não participou da ação.

Um morador, que não quis se identificar, contou que foram demolidos barracos onde haviam moradores, não apenas os que estavam vazios. Ele conta que não havia ninguém porque as pessoas tinham saído para trabalhar. Vídeos feitos pelos moradores mostram camas, roupas, televisores e fogões em meio aos destroços do que sobrou dos barracos. “Estamos em uma situação difícil porque aqui é uma área de invasão, um antigo lixão. Há mais de 12 anos o lixão foi desativado e a população ocupou por questão de moradia, porque não tem onde morar. O poder público poderia cadastrar as famílias e dar uma satisfação para onde elas vão, não é chegar aqui e por as pessoas para fora. Abrigo ninguém quer ir, com auxílio aluguel é difícil conseguir moradia. E ainda disseram que não tinha ninguém morando, e o cara que sai para trabalhar quando voltar vai achar suas coisas onde? Na rua?”, criticou.

 

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