ABC - quinta-feira , 2 de maio de 2024

Uso excessivo de telas pode causar insônia e irritação em jovens

Se por um lado a tecnologia trouxe inúmeros benefícios para a população, por outro tem gerado uma série de problemas em crianças e adolescentes – principalmente após a pandemia da covid-19, quando a exposição às telas (celular, tablet, computador etc) se tornou excessiva. A falta de interação com outras pessoas, em detrimento do uso das tecnologias, é um dos fatores que tem restringido cada dia mais o acesso dos jovens ao mundo real, e o aparelho passa a ser a forma de se comunicar.

Um dos principais sinais de que a interação tornou-se um vício é a irritabilidade – e por vezes até violência, apresentada pelos jovens quando o aparelho é retirado. Por este motivo, a psicóloga e psicopedagoga, Vânia Araújo Diniz, explica a importância de que o aparelho não seja retirado abruptamente. “Deve-se apresentar outras ofertas de atividades: cinema, esporte, teatro, que chamem a atenção”, explica. “A redução tem que ser gradual e pensada”, afirma a psicóloga do Caps (Centro de Atenção Psicossocial) Infantojuvenil de Diadema.

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(Foto: RDtv)

Em entrevista ao RDtv, a especialista alerta que até dois anos de idade deve-se evitar qualquer acesso as telas. A partir dos dois anos, deve-se restringir o máximo possível, permitindo no máximo 15 minutos ao dia. A partir dos sete anos, o uso diário não deve ultrapassar uma hora. “Porém, é importante que os pais vigiem os próprios hábitos com o uso de telas”, adverte Vânia.

A comunicação e a própria fala, das crianças pode ficar comprometida, ao passo que a comunicação ocorre a partir da interação com o outro. Os adolescentes também têm a concentração em sala de aula comprometida, assim como a parte social. “Tudo passa a ser menos interessante, a partir do momento que ele tem o controle nas mãos do que quer ver ou ouvir”, diz a psicóloga.

O uso excessivo de telas também pode deixar os jovens mais agressivos, irritados e ansiosos – causando ate insônia. “É necessário um olhar mais apurado dos familiares sobre esse uso de tecnologias pelas crianças e jovens”, aponta a especialista.

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