Inverno pode provocar e problemas e potencializar doenças crônicas de pele

O aumento de quase 50% nos atendimentos ambulatoriais e de 23,3% nas internações no Estado de São Paulo por doenças de pele nos primeiros três meses de 2023 em relação ao mesmo período de 2022, chama a atenção aos cuidados para minimizar sintomas desagradáveis do frio e da secura que vem com essa estação do ano.

Segundo especialistas são comuns a esse clima típico do inverno o aparecimento de coceiras e até eczemas, que provocam vermelhidão e descamação da pele, além da potencialização de doenças crônicas, intensificando o desconforto com irritação e inflamação da derme.

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Marília Larizzatti, dermatologista do Hospital Bartira, da Rede D’Or São Luiz, aponta entre as doenças mais comuns a dermatite atópica, a psoríase e a dermatite seborreica do couro cabeludo, que costumam se agravar nessa época e precisam de muita hidratação.

A dermatologista adverte que todas as pessoas devem tomar mais cuidado no inverno, com ações simples que podem ajudar a manter a pele saudável, como banhos mais curtos e temperaturas mais amenas para a água, além de evitar o uso de buchas ou mesmo esponjas de banho, coisas que podem tirar a camada de proteção da pele tornando-a suscetível ao ressecamento e seus efeitos nocivos. “O banho ideal e suficiente é o sabonete na mão, fazendo espuma para passar no corpo”, diz Marília.

Ela destaca que quem tem doenças de pele pré-existentes precisam intensificar ainda mais os cuidados. A atenção quanto aos sinais do ressecamento, como pele esbranquiçada e craquelada e a hidratação funcionam como prevenção para doenças como o eczema, que causa vermelhidão e coceira.

O jeito é prevenir – Ao sair do banho é a melhor hora de passar um bom hidratante no corpo, é quando os poros estão mais abertos e absorvem mais.  Para preservar a saúde do couro cabeludo Marília ensina que, de novo, a temperatura morna da água do banho é importante. “Um couro cabeludo limpo é saudável”, afirma a especialista que recomenda massageá-lo sempre sem se preocupar com os fios. Lavar os cabelos muito oleosos todos os dias e os demais tipos de cabelos dia sim dia não, a fim de evitar coceira e descamação do couro cabeludo, é o que a dermatologista aconselha.

Sobre as partes mais expostas do corpo, como mãos, rosto, lábios, o cuidado com a hidratação deve ser mais intensivo e o protetor solar não pode ser esquecido mesmo que o dia esteja frio  e nublado, o que não exclui a presença dos deletérios raios ultra violeta. Óleos, hidratantes e protetores solares não bloqueiam um ao outro, diz a dermatologista, mas a ordem na aplicação deve ser obedecida: Primeiro lave o rosto, depois hidrate, e por último passe o protetor solar. E por cima, se quiser a maquiagem.

Frequência na hidratação – Coceira intensa? Tem que hidratar imediatamente após o banho e se possível mais vezes durante o dia. Mínimo de hidratação é depois do banho, e nas partes mais expostas três vezes ao dia é suficiente para a prevenção de uma doença de pele. No caso do protetor solar o mínimo é de manhã e na hora do almoço. Se tiver manchas ou algo na pele aplique a cada três horas.

A proteção vale para todos, mas o fator idade pressupõe mais proteção para os mais idosos que têm pele mais seca por alterações metabólicas, hormonais, e tendem a apresentar coceira.

No mais, a avaliação dermatológica uma vez por ano, por prevenção, se não houver queixa, e a cada seis meses se tiver alguma doença.

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