Prefeituras reforçam segurança em cemitérios por causa de furto de peças de metal

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Os casos de invasão e furto de objetos em cemitérios estão cada vez mais comuns. A prefeitura de São Bernardo informou nesta terça-feira (23/05) que seis pessoas foram presas na cidade desde janeiro quando foram flagradas praticando furto de ornamentos de jazigos nos cemitérios e mais de três mil quilos de materiais foram apreendidos.

A prefeitura disse que nos primeiros quatro meses deste ano foram atendidos oito chamados para averiguações em cemitérios na cidade, sendo cinco no Cemitério da Vila Euclides, duas no Cemitério do Baeta Neves e uma no Cemitério da Paulicéia, entre elas um caso de vandalismo e duas tentativas de furto. “Somente na Vila Euclides foram seis indivíduos presos, sendo três flagrantes. Todos foram conduzidos para a delegacia e mais de 100 objetos alvo dos criminosos foram recuperados. Além desses flagrantes, também houve algumas tentativas de furto, onde o ladrão percebeu a presença do GCM ou vigilante e acabou abandonando o produto na fuga”, acrescentou o secretário de Segurança Urbana de São Bernardo, coronel Carlos Alberto dos Santos. Todo material subtraído do cemitério e posteriormente recuperado pelos agentes de segurança fica guardado na administração do cemitério. São mais de três mil quilos de objetos metálicos já apreendidos.

Quem leva os adornos das sepulturas, leva também uma parte da história das famílias; são recordações e homenagens que se perdem. Welton Rodrigues Mendes e a família da sua esposa foram vítimas desde tipo de situação na semana passada. O túmulo da sogra de Welton, dona Ana Maria Assoni, que fica no Cemitério da Paulicéia, teve um adorno furtado o que deixou toda a família frustrada.

“Quando a gente mandou fazer os funcionários do cemitério disseram que seria melhor tirar, porque estavam roubando essas peças. Nós fizemos uma peça, como uma bíblia aberta com uns dizeres bem bacanas que foi chumbada sobre o túmulo. Me senti lesado quando disseram isso; se estão mandando eu levar é porque não estão cuidando. Mas como vou levar um objeto desse para casa. Arriscamos deixar, em abril estivemos lá, e estava tudo em ordem, mas na semana passada aconteceu tudo isso. Ficamos tão chateados, porque a gente continua pagando direitinho a manutenção”, disse Mendes. A família não registrou boletim de ocorrência.

Nas demais cidades a situação não é muito diferente. Em São Caetano a prefeitura informou que o número de registros de furto aumentaram nos cemitérios públicos da cidade. “De acordo com as informações obtidas junto à Coordenadoria dos Cemitérios, no ano passado foram registradas duas ocorrências de furtos nas necrópoles municipais. Em 2023, já foram seis. A fim de combatê-los, a Guarda Civil Municipal foi acionada e desde o último mês está realizando ronda ostensiva, dentro e fora, dos cemitérios”.

A Prefeitura de Santo André informou, em nota, a que no ano passado foram 23 ocorrências registradas de furto nas necrópoles e apenas uma esse ano. “Nos casos apresentados, duas pessoas foram detidas em flagrante e conduzidas à autoridade policial. A Guarda Civil Municipal realiza patrulhamento preventivo com viaturas e motos, possibilitando acesso mais rápido aos locais. Vale destacar ainda que essa queda expressiva se deu também por conta do monitoramento por câmeras que existe nos cemitérios municipais, inibindo ainda mais a prática do furto, como se comprova pelos números apresentados”, diz a prefeitura.

Somente em Diadema, a prefeitura afirmou que não teve casos registrados de furtos no único cemitério público da cidade nem no ano passado nem este ano. No local há vigilância 24hs. “A segurança está a cargo da GCM (Guarda Civil Municipal), que mantém agentes da Guarda Patrimonial 24h no local e, externamente, reforça a vigilância com rondas preventivas sistêmicas”, diz nota da administração. O local não conta com videomonitoramento.

Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não responderam.