Com a proximidade do inverno (21 de junho), as organizações não governamentais (ONGs) voltadas ao trabalho de acolhimento das pessoas em situação de rua intensificam seus trabalhos. No ABC, ONGs de SAnto André já garantem alimentação, doação de roupas e acolhimento para mais pessoas, com intuito de reduzir o número de mortes em razão do frio.
Em entrevista ao RD, o coordenador da ONG Anjos da Rua, Leonardo Nieto Farber, comenta que a organização já intensificou as atividades para o período e reforça o pedido de doações. “Precisamos de mais alimentos para conseguir atender mais pessoas. Nossa maior demanda é, geralmente, misturas: carne, frango, linguiça, salsicha e alimentos não perecíveis como feijão, temperos, frutas e legumes”, diz.
A Anjos da Rua nasceu em 2020, em meio à pandemia da covid-19, e em razão da recessão econômica a família de Faber percebeu que mais pessoas passaram a ficar sem amparo ou qualquer tipo de ajuda, o que motivou a ação, que de temporária se tornou um projeto social. Atualmente a instituição faz a entrega de 100 marmitas ao dia para pessoas em situação de vulnerabilidade social, além de disponibilizar frutas, pães, água, refrigerante e roupas para aquecer os moradores. As entregas ocorrem de segunda-feira a sábado, a partir das 18h, e aos domingos às 17h.
A ONG aceita doação de alimentos, roupas, cobertores, além de doações em dinheiro (pix: CPF – 410.183.928-07) ou via vakinha online, disponível no instagram (www.instagram.com/anjosdaruaoficial) Já para quem quiser se tornar um voluntário e auxiliar no trabalho da organização, deve entrar em contato via instagram.
Campanha de doação
Presidente e fundadora da ONG Anjos da Sopa, em Santo André, Gisele Capelli afirma que todo inverno é necessário expandir as ações da ONG, em razão do maior número de pessoas que necessitam de acolhimento. “No inverno intensificamos nossas campanhas por conta do número de pessoas nas ruas e, também, em razão do número de óbitos que ocorre por conta das baixas temperaturas”, explica.
Atualmente, a ONG está com duas campanhas ativas, a SOS Moletom – que recebe blusas com capuz – e a de doação de cobertores biodegradáveis. “O moletom em si já dura bastante, ainda mais com capuz flanelado que ajuda a proteger mais. Quando saímos para as ruas encontramos pessoas que ainda têm as peças, elas lavam e guardam, e percebemos o quão fundamentais são para enfrentar o frio”, explica Gisele.
A idealizadora do projeto e voluntária salienta que para conseguir dar conta da demanda de doações, tem intensificado a campanha na internet, com doações via pix e vakinha online. “Nossa meta é comprar 400 moletons com capuz, mas isso dá em torno de R$ 22 mil, mas não alcançamos nem 10% disso. Acredito que por estar no início da campanha, as pessoas muitas vezes só se mobilizam quando ocorre alguma tragédia. Por isso queremos chegar em mais gente”, diz ao citar que a campanha do cobertor, com planejamento de arrecadação em R$ 10 mil, chegou a R$ 3 mil.
A ONG Anjos da Sopa atua há nove anos no ABC, e a arrecadação é feita por pessoas físicas. A fundadora comenta que além da arrecadação destes itens, também monta cestas básicas com ajuda de doações. “Cada pessoa traz um alimento, montamos a cesta e entregamos para as famílias carentes que são selecionadas através de um cadastro”, explica. A grande maioria deste público são mães solteiras, desempregadas, com filhos e que vivem em barracos sem saneamento básico.
A ONG atende toda região do ABC, principalmente em Mauá e a Comunidade União, em São Bernardo. Para doar moletons ou cobertores, é s é só acessar os sites das vaquinhas virtuais.