ABC - segunda-feira , 29 de abril de 2024

Escolas do ABC não registram incidentes desde adoção de medidas de segurança

Diadema intensificou patrulhamento do lado de fora das escolas. (Foto: Divulgação/PMD)

Passados 22 dias do crime que vitimou quatro crianças na cidade de Blumenau, em Santa Catarina e exatamente um mês da morte da professora  Elisabete Tenreiro, de 71 anos, na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Capital, as ações de reforço na segurança das escolas municipais do ABC, até o momento parecem ter dado resultado. Na véspera do Dia da Educação, comemorado nesta sexta-feira (28/04), os municípios informaram que poucos incidentes foram atendidos pelas GCMs (Guardas Civis Municipais), lembrando que em algumas cidades, como São Bernardo, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra os prefeitos determinaram que os agentes de segurança passassem a atuar dentro dos colégios. Outros chefes de Executivo da região apenas reforçaram as rondas no entorno dos estabelecimentos de ensino.

Das cinco prefeituras que responderam ao questionamento sobre incidentes dentro de escolas, apenas Rio Grande da Serra relatou que desde março para cá, registrou uma ocorrência, mas não detalhou do que se tratava. Ninguém foi detido. A prefeitura também relatou que houve registro de intervenções de menor gravidade envolvendo desentendimento entre alunos.  Nenhuma ameaça de invasão ou ataque foi relatada desde que a cidade passou a colocar guardas civis em todas as escolas. A medida foi implantada por tempo indeterminado. Porém, quando não há aulas, não há agentes fazendo a segurança dentro dos prédios escolares, apenas rondas.

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Em Ribeirão Pires, nenhuma ocorrência foi registrada nas escolas municipais desde que a cidade colocou guardas municipais em cada um dos 33 colégios da prefeitura. “A Guarda Civil Municipal, informa que está atuando com 8 viaturas e 25 agentes para supervisão das escolas do município. Os guardas se revezam em rondas e plantões nas instituições. Até o momento, não houve registro de nenhum caso de violência. O município está viabilizando a implantação do chamado “botão do pânico” na rede. Atualmente, Ribeirão Pires atende 7 mil alunos na rede municipal de ensino. Internamente, a prefeitura está fortalecendo o APSE – programa de Apoio Psicossocial Escolar, com escutas ativas e rodas de conversa com profissionais da rede municipal, alunos e familiares”, diz o paço ribeirãopirense em nota.

Mauá não informou se foram registrados incidentes nas escolas do município. A cidade optou por não colocar os guardas dentro dos colégios. “A prefeitura lançou em 11/04, a campanha Mauá pela Paz nas Escolas, mobilização que visa unir a sociedade em busca de soluções para prevenir casos de violência no ambiente escolar. O efetivo da GCM intensificou o patrulhamento comunitário e preventivo próximo às unidades de ensino, colaborando com o governo estadual na segurança na cidade. Três novas viaturas entraram em operação e vão reforçar o trabalho.  A administração municipal disponibilizou o telefone 4512-7675, para que a comunidade escolar possa acionar a GCM em caso de necessidade. Atualmente, as 44 escolas municipais contam com câmeras de segurança e também com o dispositivo ‘botão do pânico’, que permite, em situações de emergência, contato imediato com a central de videomonitoramento”, diz comunicado da prefeitura.

Diadema também adotou estratégia parecida e não usou agentes armados nas suas escolas. “Na semana passada, como reforço do programa Escola Que Protege, foi lançado o Observatório de Segurança Escolar, ferramenta que integra estudantes, professores, diretores, agentes públicos de várias secretarias e pais e mães dos estudantes para discutir e implementar a política de paz nas escolas. Dentro do Observatório serão compilados dados e informações de interesse da construção dessa política, inclusive com monitoramento das redes sociais. Diadema acredita que a promoção da cultura de paz e de um ambiente integrativo e colaborativo é o principal instrumento para reduzir casos de violência – dentro e fora das salas de aula. Portanto, a cidade não defende a política de alocação de policiais armados dentro das escolas. Nas últimas semanas, a ronda escolar foi intensificada em todas as escolas da rede municipal, que conta com 31 mil matriculados”, diz o paço de Diadema em nota.

São Caetano também não colocou GCMs dentro dos colégios. A cidade trabalha na implantação do botão do pânico que poderá ser acionado em casos de necessidade. O município não respondeu sobre os resultados das ações de segurança nas escolas.

Santo André optou também por reforçar apenas as rondas no entorno das escolas e ampliar o videmonitoramento para 100% dos colégios; hoje está presente em 95% da rede. A prefeitura não informou os resultados das ações que tiveram início no dia 10/04.

A prefeitura de São Bernardo relatou os resultados obtidos até agora com a operação iniciada no dia 10/04 quando todas as 218 unidades escolares passaram a contar com a presença física de um GCM durante o período de aulas. A cidade atende cerca de 80 mil alunos em suas escolas. Na ocasião do lançamento desta operação, o prefeito Orlando Morando (PSDB) disse que cobrou do governo do Estado também um reforço da segurança na cidade.

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