A mistura entre calor, piscina, areia, praia e o aumento da transpiração cria o cenário perfeito para o aparecimento das micoses. Para o RD, a coordenadora da dermatologia do Hospital Bartira, da Rede D’Or São Luiz, Mariana Murata e dermatologista do Hospital Christóvão da Gama, de Diadema, Claudia Regina Sanzer Di Giaimo, explicam que durante a estação mais quente do ano, o ambiente fica favorável para a proliferação de fungos, que causam a micose.
Com as altas temperaturas e o grande volume de chuvas do verão brasileiro, o jeito é ficar atento a cuidados básicos para não deixar o problema aparecer. Aumento do suor, ambientes úmidos e quentes, e permanência com roupas de banho molhadas por longo tempo são só alguns exemplos de situações que facilitam a contaminação pelos fungos. ” A micose é uma infecção causada por fungos, que costuma atacar a pele, unhas e couro cabeludo. O tipo mais comum de micose é a superficial, que surge na superfície da pele, mas também existem as micoses profundas, que podem acometer até órgãos internos”, explicita Claudia Regina Sanzer Di Giaimo, dermatologista do Hospital Christóvão da Gama.
De acordo com Mariana Murata, os fungos necessitam de um ambiente que forneça as condições ideais para o seu crescimento, como calor e umidade, a maneira correta de evitar a micose é não compartilhar toalhas de banho e de rosto úmidas. “Outros fatores que favorecem a ocorrência de micose são suar muito, usar roupas muito apertadas e frequentar ambiente muito úmidos ou que não possuem higienização adequada. Além disso, doenças como diabetes, uso prolongado de antibióticos e estresse podem favorecer a proliferação dos fungos, pois há diminuição do sistema imune e da quantidade de bactérias boas no organismo, resultando na micose”, afirma a dermatologista.
Mariana destaca ainda que os sintomas podem variar de acordo com o local do corpo que a micose se encontra. “Os principais sintomas são coceira, aparecimento de lesões vermelhas e descamativas, corrimento e coceira vaginal, alteração de coloração e forma da unha, sendo eles sempre progressivos. O tratamento por ser através de medidas gerais em relação aos cuidados de higiene pessoal, como evitar manter os locais de predileção de proliferação fúngica úmidos, bem como uso de medicamentos antifúngicos”, ressalta.
Claudia orienta os pacientes a sempre procurar um especialista para que o diagnóstico correto seja feito, evitando o uso inadequado de medicamentos. “É importante realizar um exame clínico para saber se realmente é uma micose e, se sim, descobrir qual é o tipo de fungo que está causando estas lesões para que o tratamento ideal seja feito, com medicamentos via oral ou pomadas”, finaliza a dermatologista.