O ensino no Brasil pode dar um salto de qualidade ao implantar, dentro das escolas, a gestão de comunicação. A ideia central é criar uma rotina de diálogos entre corpo docente e a comunidade escolar, com alunos ou outros agentes, como pais e comunidades do entorno. Apenas impor regras, sem ouvir ideias, cria-se uma barreira e uma comunicação não-focada e nada objetiva.
Sandhra Cabral, jornalista, educadora, docente da Escola de Indústria Criativa da USCS (Universidade de São Caetano do Sul) e CEO do Educar para ser Grande, explica durante entrevista ao RDtv, que uma comunicação sem ruídos e assertiva deve envolver gestores, professores, alunos, funcionários, pais e a comunidade local.
Trazer para a conversa, para as discussões do dia a dia, os mais variados agentes estimula debates mais amplos, com isso há o engajamento, mais proatividade e melhora do ensino, conta Sandhra.
Segundo a professora, construir esta rede de comunicação escolar faz com que os gestores antecipem ou enxerguem problemas antes que tomem grandes proporções e assim apresentarem soluções. “Todo gestor tem a preocupação de dar bom andamento das metodologias de ensino”, explica.
Sandhra ressalta que toda escola tem problema, mas que além de cuidar da didática é preciso pensar que quando há a liderança e esta esteja disposta a ouvir, o processo caminha de forma mais direto e com maior celeridade. “O ideal é identificar as falhas no começo do ano e, a partir de então, traçar as estratégias. Com uma comunicação focada e mais objetiva, livre de ruídos, a compreensão dos ensinamentos ficam mais claras”, diz.