A Companhia de Danças de Diadema lança no próximo dia 20 o primeiro livro virtual, comemorativo aos seus 27 anos. Contemplada pelo Proac Editais de São Paulo, a obra é uma parceria com o Portal Mud, voltado à dança, com texto e visual de Henrique Rochelle e Talita Bretas. Com início às 19h, no Teatro Cara Nunes, o lançamento terá apresentação do espetáculo Antropo 100 – de Cascudo a Eros, o mais mais novo trabalho da companhia, que transita pela Semana de Arte Moderna. Haverá, ainda, roda de conversa com profissionais que já passaram pela direção da companhia.
Em entrevista ao RDtv, Ana Bottosso, coreógrafa e diretora da Companhia de Danças, afirma que o evento é muito significativo em virtude dos trabalhos agora presenciais da instituição, que em 2022 foram intensos, com muitas apresentações no País e um olhar lá fora. “Foi um ano que nos permitiu dançar muito em muitos locais de Diadema, graças à parceria com o poder público”, diz.
No domingo (11/12), a coreógrafa retornou de Israel, onde participou da 10ª edição Jerusalem International Dance Week, a convite do Consulado daquele país, para apresentar trabalhos desenvolvidos com dança contemporânea. “Tive contato com artistas de dança do mundo todo e espero dar continuidade em futuros projetos”, destaca Ana, ao citar o exemplo de um coreógrafo israelense que pretende trazer para integrar a equipe da companhia. “Gosto muito do olhar para a dança dos israelenses, existem muitas similaridades com a nossa”, diz sem citar o nome.
A Companhia de Dança de Diadema é formada, atualmente, por 11 profissionais, e conta com apoio da Secretaria de Cultura da Prefeitura de Diadema. Em constante contato com a comunidade do entorno, a companhia ministra cursos e oficinas de forma gratuita para crianças, a partir dos 3 anos até a terceira idade. Mais de 1,2 alunos passaram pela companhia em 2022. “Acho essencial o ABC ter esse expoente em artes e dança e toda cidade deveria ter uma escola municipal de dança”, afirma ao considerar que é muito importante manter viva a arte no dia-a-dia das pessoas.
Ana Bottosso destaca também a adesão da comunidade aos cursos e oficinas que são oferecidos. Durante a pandemia, a companhia trabalhou intensamente com oficinas online na criação de espectáculos e vídeo danças. “As expressões artísticas como um todo no pós-pandemia ficaram muito prejudicadas. Mas essa volta presencial do público aos palcos ainda está devagar”, constata Bottosso
A coreógrafa adianta que em 2023 a companhia vai trabalhar um projeto já contemplado pela Funarte São Paulo e de Fortaleza e também já tem procura para participar da abertura de festivais no Rio de Janeiro, Nordeste e no Paraná.
Importante destacar que as audições para os profissionais que desejam integrar a Companhia de Dança de Diadema acontecem anualmente, e não são restritas a moradores de Diadema.