Às vésperas do verão, as frequentes chuvas marcam presença. Para se antecipar às investidas do mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana, Santo André iniciou ações especiais de combate, como a Semana de Mobilização contra o Aedes aegypti, no fim de novembro. O Estado de São Paulo registrou, até outubro, 317,9 mil casos de dengue e 274 óbitos. Em 2021, no mesmo período, foram 139,2 mil casos de dengue e 62 óbitos.
São realizadas de forma ininterrupta no município, por agentes do Departamento de Vigilância à Saúde, ações educativas que visam conscientizar o munícipe sobre a importância no combate ao vetor. A conscientização da população é fundamental, alerta Ana Claudia Brentzel, encarregada técnica em Saúde da Gerência de Controle de Zoonoses de Santo André. “O desafio é fazer com que essas pessoas entendam que o problema também é delas. As pessoas sempre acham que o problema está no vizinho, e que a responsabilidade é da Prefeitura. Temos que nos conscientizar de que o problema também é nosso”, ressalta.
Esse trabalho de busca ativa é intensificado nos meses de abril, julho e outubro quando ocorre a análise de densidade larvária no município. Nestes meses, o número de visitas salta de sete mil para 40 mil por mês.
Outra ação colocada em prática é a Brigada contra o Aedes, composta por 780 brigadistas treinados para o controle do mosquito. Já que todo ponto que propicie acúmulo de água trata-se de possível foco do mosquito, destacamos os locais mais inusitados como trilhos do portão, ralos, vaso sanitário sem uso frequente, vasilhas de água para pets e tampinha de garrafa de cerveja até ferros velhos, imóveis fechados, cemitérios, calhas, pneus e pratos de vasos. Ao se deparar com focos, as equipes realizam os chamados bloqueios em um raio de 200 metros – geralmente um quarteirão, onde intensificam as ações.