
Toda obra tem o objetivo de melhorar algo e, na mobilidade urbana, isso é premissa, afinal é preciso escoar o tráfego com rapidez e segurança. Projetos de engenharia são pensados de forma macro para atender, não só a cidade, mas não causar prejuízos aos municípios vizinhos.
Quem mora no ABC ou trabalha por aqui e utiliza a avenida dos Estados como o principal corredor de ligação da Capital para São Caetano, Santo André e Mauá, observou que a via, recentemente, passou por recapeamento asfáltico e melhora no sistema de iluminação e sinalização. Ondulações e buracos foram eliminados e transformaram a via em um tapete. O que muitos não entenderam, foi justamente, que logo após a conclusão do trabalho, a avenida voltou a passar por obras, para a construção de alças de acesso sobre o rio Tamanduateí, uma na altura da avenida da Paz, em Utinga, e outra na divisa com São Caetano e São Paulo, na Vila Metalúrgica.
O asfalto, que estava novo e em perfeitas condições, foi danificado e depois reparado, afinal, as obras de construção das alças precisavam ser concluídas, mas por que não realizar isso antes de recapear a via?

Agora, com as obras do Complexo Santa Teresinha, o trânsito voltou a ficar caótico. Para piorar, criminosos aproveitam a lentidão para a prática de crimes, em especial no trecho próximo ao acesso à estação Utinga da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
Além das intervenções ao longo da avenida dos Estados, uma obra particular, no leito do rio Tamanduateí obriga agentes de trânsito a estreitarem a avenida por conta de pedras depositadas na faixa da esquerda.
O que diz a Prefeitura
Em nota, a Secretaria de Manutenção e Serviços Urbanos de Santo André informa que a obra em questão, que largou pedras na via, é realizada pela iniciativa privada. Trata-se de um “recobrimento/proteção da linha de duto” às margens do rio Tamanduateí, sendo utilizada a faixa esquerda da pista para transbordo de rachão a ser utilizado no recobrimento do duto.
De acordo com a Secretaria de Mobilidade Urbana, viaturas realizaram vistorias no local e notificou a empresa para que retire os detritos.
Sobre as obras da construção de alças, a Prefeitura diz que “não há em andamento obras de acesso às pontes”.
Por fim a Secretaria de Segurança Cidadã informa que, por meio de monitoramento dos índices criminais, não foi constatado aumento de crimes contra a vida, bem como o patrimônio na região. No entanto, equipes da 2ª Inspetoria da GCM têm realizado operações de visibilidade na região. Estas consistem em estacionamento de viaturas em horário de fluxo de pessoas em determinados cruzamentos. “O município também realiza na região monitoramento por câmeras, que são gerenciadas pelo Centro de Operações Integradas da Prefeitura”, diz o Paço.