Diadema teve de fazer manobra financeira para conseguir pagar os salários do pessoal que atua na área da saúde, diretamente para a administração e para quem é funcionário terceirizado. Isso ocorreu porque o Ministério da Saúde atrasou o repasse que teria de fazer segunda-feira (7/11) para o custeio das ações de média e alta complexidade.
O prefeito José de Filippi Júnior (PT) disse na segunda-feira, em entrevista ao RDTv, que a Prefeitura esperava até aquela data o recurso do Fundo Nacional de Saúde e o dinheiro não veio. “A Prefeitura vive um momento difícil, deveria ter recebido hoje do Fundo Nacional de Saúde R$ 7 milhões para todos os nossos investimentos e custeio da área da saúde e o recurso não veio, nunca aconteceu isso nos 14 anos que fui prefeito. Isso mostra que esse governo (federal) está terminando de forma trágica e dando calote nos municípios. Nós tivemos de fazer um remanejamento enorme, tirar recursos daqui e de lá para fazer os pagamentos de hoje da saúde, porque 90% deles são salários para os prestadores de serviço”, disse.
O recurso só chegou aos cofres municipais com um dia de atraso; foi depositado na terça-feira (8/11). Apesar do remanejo, não houve prejuízo no atendimento aos cidadãos nem pagamento de juros e multas nos contratos assinados, segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura. A administração, no entanto, teme novo atraso. “Está programado, ainda via FNS, o pagamento do custeio para atenção básica. A expectativa é a de que esse valor seja transferido para a Prefeitura até o dia 15. A administração aguarda por melhores condições de relacionamento entre municípios e o governo federal a partir de 2023 e vê com otimismo, dentro dessa perspectiva de melhoria no relacionamento, a possibilidade de recriação do Ministério das Cidades”, diz em nota.
O RD questionou o Ministério da Saúde sobre os motivos do atraso e se isso ocorreu também com o repasse de outras prefeituras, mas até o fechamento desta reportagem não houve resposta.