
O Parque Central, em Santo André, foi tomado neste domingo (6/11) por diversas ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), caminhões e resgate do Corpo de Bombeiros, viaturas da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal, gritos por ajuda e socorro, além de dezenas de enfermeiros, médicos e socorristas.
A ocorrência, que chamou a atenção dos frequentadores do parque, fazia parte de um simulado com múltiplas vítimas promovido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) de Santo André. A ação simulou situações, como a explosão ambiental de GLP (gás de cozinha) de um food truck, com ferimentos em diversas vítimas.
O objetivo foi proporcionar a todos os profissionais envolvidos (aproximadamente 200 pessoas) situação real de acidente, para que pudessem colocar em prática conhecimentos, em busca do aperfeiçoamento das equipes para lidarem com casos similares. “O que fizemos foi treinar para, caso aconteça algo similar na nossa cidade, a gente saia com todas as vidas preservadas daqueles que se envolveram no incidente e daqueles que foram resgatar a todos”, diz o secretário de Saúde, José Police Neto.
O simulado teve início logo após a explosão, quando usuários acionariam via telefone os serviços de emergência e segurança. Depois de realizada a regulação, os veículos que participaram do evento partiram das bases utilizadas no dia a dia, justamente para que o tempo de deslocamento fosse fiel a situação real.
As primeiras equipes a chegarem foram da GCM e da Polícia Militar, seguidas pelo Corpo de Bombeiros, até que as unidades do Samu passaram a estacionar ao redor da ocorrência para levar as vítimas para o CHMSA (Centro Hospitalar Municipal de Santo André), Hospital da Mulher, Hospital Brasil, Hospital Christóvão da Gama, além de UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).
No total, a simulação foi realizada com 31 vítimas, que sofreram diferentes tipos de ferimentos, desde queimaduras e fraturas, até atendimento a gestante e afogamento seguido de parada cardiorrespiratória.
Camila Manini Moreira Gemenez, coordenadora geral do Samu de Santo André, diz que tem avaliado desde a entrada do chamado, do tempo de resposta das viaturas, a chegada das equipes no local e como se comportam diante de situação com múltiplas vítimas. “Nosso saldo, aparentemente, foi bem positivo. As equipes estavam engajadas, com material suficiente, com a técnica correta. Daqui (parque) as vítimas foram direcionadas a hospitais públicos e privados da região e a partir do momento que foram entregues, entra em ação o serviço de educação continuada dentro dos hospitais, para ver como as equipes se comportam para receber as vítimas e como estas se comportam lá dentro”, destaca.
Camila acrescenta que terá um debriefing com as equipes participantes, que vai levantar os imbróglios e entraves que aconteceram e fazer os ajustes para montar o cronograma de treinamentos para o próximo ano. “A importância desse simulado foi levantar as deficiências e aperfeiçoar o tempo de resposta, a qualidade de atendimento, para que as vítimas sejam atendidas da melhor forma”, completa.
A ação, que reuniu dublês, curiosos, estudantes e admiradores das forças de resgate e segurança, contou ainda com a colaboração de profissionais do Samu de cidades vizinhas, como São Bernardo, Mauá e Diadema, além de Ferraz de Vasconcelos. O simulado voltou a acontecer após dois anos, em razão da pandemia da covid-19.