A tentativa de unificação de um nome da base governista para presidir a Câmara de Santo André segue. Carlos Ferreira (PSB) e Edson Sardano (PSD) seguem articulando para buscar o consenso. Porém, a falta de entendimento é usada por uma ala para emplacar uma mudança regimental e assim garantir um terceiro mandato para Pedrinho Botaro (PSDB), que prefere a alternância.
A articulação por uma mudança regimental foi revelada pelo próprio Botaro, na semana passada. Com a divisão entre quem deve ser o próximo presidente, o atual líder do Legislativo ganhou força junto aos vereadores.
Internamente a expectativa é que o prefeito Paulo Serra (PSDB) possa auxiliar nesta situação, fato que ocorreria após o segundo turno das eleições, mas que encurtaria o tempo para quem defende a mudança das regras.
Atualmente dois municípios contam com este tipo de regramento. Em São Caetano, tal expediente foi usado para dar ao vereador Pio Mielo (PSDB) dois mandatos consecutivos entre 2017 e 20220. Em Ribeirão Pires, além da alteração, também houve a antecipação da eleição que reelegeu Guto Volpi (PL) para liderar o Legislativo e assim assumir provisoriamente o comando da Prefeitura, independente do momento em que ocorrer as eleições suplementares.
Em Santo André, Sardano considera que seu nome “é natural”, não apenas pela experiência de três mandatos, mas principalmente por ser seu último como vereador, pois não pretende disputar mais uma vez uma vaga na Câmara em 2024.
Do outro lado, Carlos Ferreira é o atual líder de governo e visto como uma pessoa de confiança do prefeito Paulo Serra. Caso seja o escolhido, uma nova liderança teria que ser escolhida, o que abre espaço para que Botaro reocupe o cargo que teve durante o primeiro mandato de Serra.
(Informações: Leandro Amaral)