As consequências da polarização no período eleitoral ainda geram consequências para quem ficou de fora do segundo turno. A busca por um entendimento como quebrar tal situação virou um dos temas. Em entrevista ao RDtv, nesta quinta-feira (06/10), o deputado federal reeleito Alex Manente (Cidadania) falou sobre a necessidade de partidos debaterem formas para evitar cenários como o de 2022, algo que está preocupando as legendas de Centro.
“Infelizmente o nosso País polarizou, o resultado das urnas mostra a falta de alternativa fora dos dois eixos liderados por Lula e Bolsonaro, o que nas eleições proporcionais tenha diminuído o número de votos de quem não faz parte dessas polarizações. Então consequentemente o nosso País vive essa polarização que na minha opinião é muito ruim para o debate”, justifica.
Manente revelou que houve conversas iniciais com integrantes do MDB sobre algumas possibilidades, entre elas, a de inclusão dos emedebistas na federação formada por Cidadania e PSDB. Porém, tal situação só será debatida de fato após as eleições.
O deputado considera que haverá a necessidade de ações para fortalecer os partidos e assim evitar eleições personalizadas, ou seja, em que o eleitor acaba votando na pessoa e não no que ela acredita ou pensa. Redução de legendas e a busca antecipada por um nome que possa liderar tal situação foram citadas pelo parlamentar.
Enquanto isso, o seu grupo político aguarda um posicionamento, porém, Alex deixa claro que só vai fazer uma escolha mais para frente. Apesar do compasso de espera, o parlamentar deixou claro que não apoiará o nome de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que não significa apoio automático para Jair Bolsonaro (PL), principalmente por ter eleitores que conversam com os dois polos da polarização.
ABC
Sobre o fato de o ABC ter aumentado sua bancada de dois para cinco integrantes na Câmara Federal, Alex Manente apontou a necessidade de reuniões sobre a região e uma conversa mais detalhada sobre as defesas que se deve fazer em Brasília. Porém, enquanto aguarda os colegas que tomarão posse em 15 de março de 2023, o “decano” da turma celebra o aumento de representatividade das sete cidades.
“Acho que a região saiu muito fortalecida, acho que foi uma das regiões que conseguiu fugir da polarização com as candidaturas que passaram para deputado federal e deputado estadual. Creio que foi uma grande vitória da representatividade e espero que a nossa região, a partir dessa eleição, compreenda a importância de votar nos candidatos que tenham comprometimento com a região”, explicou.