Dólar amplia perdas com apetite por risco persistente no exterior

Na manhã desta terça, o dólar à vista caía 1,01%, a R$ 5,1218 (Foto: Freepik)

O dólar e os juros futuros voltam a operar em baixa no mercado local nesta terça-feira (04/10), reagindo ao persistente apetite por ativos de risco no exterior. O Ibovespa futuro se beneficia também e subia 0,79%, aos 117,885 pontos, às 9h11.

Lá fora, os juros dos Treasuries e índice do dólar DXY se mantêm em queda, enquanto os futuros de NY voltam a subir. Na Europa, a libra se fortalece e os juros dos bônus do governo britânico (Gilts) caem pelo segundo dia seguido, após relatos de que o ministro de Finanças do Reino Unido, Kwasi Kwarteng, irá publicar planos de redução de dívida antes do esperado, um dia após recuar no corte de impostos para os mais ricos. Kwarteng planeja divulgar detalhes de como reduzir dívida em outubro, após dizer anteriormente que esperaria até 23 de novembro, segundo o Financial Times, BBC e outras empresas da mídia britânica.

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O euro se valoriza também assim como as bolsas europeias, apesar do salto do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da zona do euro a 43,3% em agosto ante igual mês do ano passado, ganhando força ante o aumento anual de 37,9% observado em julho, segundo dados publicados hoje pela Eurostat.

O resultado de agosto superou levemente a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam acréscimo anual de 43,2%. Em relação a julho, o PPI do bloco avançou 5% em agosto, em linha com o consenso do mercado. Na região, a ação do Credit Suisse mostra forte alta nesta terça-feira, à medida que preocupações sobre sua saúde financeira diminuíram, após rumores circularem no fim de semana de que o banco suíço estaria enfrentando dificuldades.

No Brasil, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,12% em setembro, repetindo a variação de agosto e ganhando força ante alta de 0,09% na terceira quadrissemana do mês passado, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O resultado de setembro ficou acima da mediana das estimativas, de 0,10%, mas dentro das projeções de instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, de queda de 0,27% a alta de 0,17%. Entre janeiro e setembro, o IPC-Fipe acumulou inflação de 5,76%. No período de 12 meses até setembro, o índice avançou 8,20%.

Os investidores estão no aguardo de discursos de cinco dirigentes do Fed: John Williams, de NY, e Lonie Logan, de Dallas (ambos às 10h); Loretta Mester, de Cleveland (10h15); Philip Jefferson, integrante do conselho (12h45); Mary Daly, de São Francisco (14h). Quem também fala é a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde. São esperados ainda as encomendas à indústria de agosto nos EUA (11h) e relatório Jolts de emprego no setor privado de agosto (11h). No Brasil, a Caixa faz coletiva sobre o Auxílio Brasil em meio à campanha do segundo turno (10h30).

Às 9h23 desta terça, o dólar à vista caía 1,01%, a R$ 5,1218. O dólar para novembro recuava 0,92%, a R$ 5,1535.

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