Procuradora diz que eleitor está mais maduro e fake news tiveram impacto menor

A procuradora regional Eleitoral de São Paulo, Paula Bajer Fernandes, disse neste domingo, 2, que as notícias falsas tiverem um impacto menor nas eleições de 2022 porque os eleitores estão mais atentos sobre a segurança das informações que circulam nas redes sociais.

“Em cada eleição, o Direito Eleitoral muda muito rapidamente porque a sociedade muda muito rapidamente. Houve uma mudança grande no processo eleitoral com relação à desinformação. Os próprios meios de comunicação e a sociedade amadureceram nos últimos anos para checagem das notícias. Hoje até as redes sociais oferecem meios de checagem e todos os veículos de comunicação têm como checar as informações. O cidadão não fica mais tão perdido no que é verdadeiro e no que é falso”, afirma.

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Paula avalia que a conscientização sobre as fake news “facilita” o trabalho do Ministério Público Eleitoral (MPE). O órgão tem a atribuição de receber denúncias sobre candidatos e partidos que espalham desinformação. “O Direito com certeza é aplicado de uma maneira mais madura, mais profissional e objetiva”, defende.

A procuradora passou a manhã acompanhando os testes de integridade da urna eletrônica no Centro Cultural de São Paulo (CCSP) e no câmpus da Universidade Paulista (Unip) Paraíso. A segurança do sistema eletrônico de votação vem sendo questionada reiteradamente pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores.

“Nós acompanhamos todo esse processo. Eu achei que o clima está positivo. Está tudo caminhando bem. As pessoas estão bem-humoradas e confiantes na democracia”, diz.

Em um balanço sobre a atuação do MPE no primeiro turno, Paula diz que está “muito satisfeita”. “Bem satisfeita com o trabalho colegas da parte de propaganda, várias representações, a maioria bem-sucedida, juízo da propaganda também, trabalho com bastante eficiência e maneira bastante técnica com impessoalidade”, pondera.

Outra frente marcante de atuação da Procuradoria Eleitoral em São Paulo durante a campanha foi o enfrentamento da violência política de gênero. O órgão denunciou os deputados estaduais Wellington Moura (Republicanos) e Douglas Garcia (PTB).

“Estamos sendo muito diligentes em todas as notícias de agressões, especificamente contra as mulheres em seu exercício profissional que tenha relação com o processo eleitoral”, garante.

No segundo turno, o foco do trabalho deixa de ser a avaliação dos registros de candidaturas e passa para a análise das prestações de contas. O escrutínio da propaganda eleitoral continua.

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