Após a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que cassou seu diploma de prefeito de Ribeirão Pires, Clovis Volpi (PL) afirmou nesta quarta-feira (14/09) que não vai recorrer e que está “aposentado” das disputas eletivas, porém, seguirá na vida pública, visando as eleições gerais de outubro. Segundo o calendário eleitoral deste ano, a eleição suplementar pode ocorrer em 27 de novembro ou 11 de dezembro.
Volpi revelou que uma de suas advogadas (que não teve o nome citado) chegou a informar horas antes do julgamento do caso, na sessão ordinária dessa terça-feira (13/09), que a esperança estava na possibilidade do ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, votar contra o relatório do ministro Sérgio Banhos. Porém, Moraes seguiu Banhos, assim como os demais ministros.
Com a unanimidade, Clovis resolveu não recorrer, pois considera que qualquer tentativa de reverter judicialmente a decisão seria uma forma de “atrapalhar” o município, o que não quer que ocorra.
Sendo assim, Guto Volpi (PL), o atual presidente da Câmara, assumirá o comando do Poder Executivo Municipal até que ocorra a nova eleição. Guto afirmou que não fará nenhuma mudança no primeiro escalão e que seu foco será na continuidade dos planos já adotados pela gestão de seu pai.
Clovis Volpi chegou a realizar uma transmissão ao vivo pelas redes sociais pedindo o apoio da população para a gestão interina. “Acho que você precisa ter orgulho deste grupo, acho que você precisa ter orgulho dessa equipe que está na Prefeitura. E por ter esse orgulho eu peço a você o apoio ao Guto que vai assumir aqui a cadeira de prefeito, o apoio a esse grupo que está aqui e que são os meus secretários, e que vão continuar à frente da Prefeitura”, disse o ainda prefeito para a população.
Eleição
Agora o caminho de Volpi, após deixar a Prefeitura, é focar na campanha de reeleição do governador Rodrigo Garcia (PSDB) e do deputado estadual Thiago Auricchio (PL). Questionado sobre a eleição suplementar, o chefe do Executivo afirmou que não vai pensar nisso no momento, mas que apoiará alguém do próprio PL para ser o cabeça de chapa.
Na visão do grupo, tanto Guto Volpi quanto algum dos secretários pode ser escolhido, e que isso ocorrerá em conjunto com todos os integrantes do partido. A ideia é evitar campanha municipal antecipada até que o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) promova a data do pleito suplementar.
Levando em conta a data do julgamento do caso, são 90 dias para que ocorra uma nova eleição, prazo que terminará em 23 de dezembro, ou seja, criando um cenário de cerca de 40 dias para que todo o processo eleitoral da cidade ocorra após o segundo turno das eleições gerais, em 30 de outubro.