ABC - segunda-feira , 29 de abril de 2024

Empresas do Polo têm mais segurança para ficar no ABC após decretos

Polo Petroquímico fica na divisa dos municípios de Mauá, Santo André e São Paulo. (Foto: Julio Bittencourt/Divulgação)

Para o gerente executivo do Cofip ABC (Comitê de Fomento Industrial do Polo do ABC), Francisco Ruiz, a assinatura dos decretos municipais pelas prefeituras de Mauá e Santo André vai trazer mais segurança para que as empresas do Polo Petroquímico se mantenham na região. Os decretos foram assinados na quinta-feira (11/08) pelos prefeitos Marcelo Oliveira (PT) e Paulo Serra (PSDB) e reconhecem o complexo industrial como polo e instauram também um Comitê Gestor de Governança.

Internamente, dentro do Polo Petroquímico nada muda, mas é no entorno dele que mudanças devem ser feitas com base em decisões do comitê e, segundo Ruiz, essas intervenções vão garantir a permanência destas empresas. “Há 50 anos o Polo Petroquímico do ABC reúne diversas indústrias e tem dado importante contribuição para o desenvolvimento econômico do País, bem como para a geração de empregos e de renda para as cidades do entorno. Com a implantação dos decretos, não só as empresas associadas ao Cofip ABC, mas todas que operam nas duas cidades terão mais segurança para se manter na região”, diz o gerente.

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“Os decretos atendem à necessidade de acompanhar os protocolos de boas práticas nacionais e internacionais, a exemplo do que ocorre em outros polos petroquímicos ao redor do mundo. Além disso, vão garantir a perenidade dos programas e projetos que forem implantados. A partir desses decretos será possível pensar o Polo do futuro, juntamente com a sociedade civil e as autoridades públicas”, sustenta Ruiz.

Francisco Ruiz, gerente executivo do Cofip ABC (Foto: Banco de Imagens)

O Comitê Gestor de Governança terá 14 membros titulares e suplentes, entre representantes dos governos municipais e da sociedade civil. De acordo com Ruiz, esse pessoal vai definir intervenções no entorno, que vão melhorar os fluxos no Polo e melhorar a vida de quem mora no entorno. “Cabe ao Comitê Gestor construir consensos e apoiar a implantação coordenada, junto aos órgãos responsáveis, de políticas públicas relativas à zeladoria, controle de velocidade e tráfego de veículos de carga, urbanização, plantio de árvores, sinalização e implantação de Nupdecs (Núcleos de Proteção e Defesa Civil)”, detalha.

A comunicação entre o Polo e a comunidade também será reforçada com os decretos municipais e a criação do Comitê Gestor de Governança. Ruiz diz que já há o Plano de Comunicação e Participação, criado este ano para manter o contato com a comunidade local, mas esse plano vai ganhar mais força. “O plano prevê a criação de mais canais de informação, como um boletim bimestral, programas de visitas às fábricas, fóruns com a comunidade, através do WhatsApp, entre outros. Com o Comitê, estes projetos serão fortalecidos e contarão, a partir de agora, com a participação social de forma institucional em sua formulação e também em sua execução”, afirma.

O gerente executivo do Cofip ABC diz que haverá redução dos impactos do Polo sobre a comunidade. “Os desafios do setor ainda são muitos, assim como as suas oportunidades de crescimento sustentável. Ressaltamos também que as indústrias sempre buscam intensificar melhorias em seus processos com foco no desenvolvimento sustentável. Isso significa reduzir cada vez mais o impacto da atividade econômica ao meio ambiente e contribuir para a qualidade de vida e o bem-estar da sociedade”, diz.

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