Em entrevista ao RDtv na tarde desta segunda-feira (18/07), o professor de matemática, Enzo Marcon Takara, do Colégio Singular, defendeu que o investimento em educação financeira por impactar diretamente no crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de um País e, assim, impactar diretamente no bolso do cidadão. Segundo o professor, no momento em que a população entende como lida com o próprio dinheiro e consegue balancear suas dívidas, a soma de todos os bens e serviços finais produzidos cresce automaticamente.
É com este pensamento que o Colégio Singular, com unidades no ABC, oferece o curso eletivo de Administração Financeira e Criação de Patrimônio, ministrado pelo professor Enzo. Na disciplina, o aluno já começa a entender o que é a inflação, o que ela pode gerar, além de outro conceitos tratados dentro do tema. “O aluno aprende e entende o que é o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o que é a taxa Selic, entre outras coisas do ramo financeiro”, explica. Assim, os alunos passam a ter mais propriedade e noção de economia básica, medida que segundo Enzo “é fundamental e falta em muitos brasileiros”.
O professor avalia que por conta do desconhecimento acerca do assunto, muitos motivos podem ter levado uma parcela da população ao endividamento, mas a principal motivação é a falta de educação financeira. “Para os jovens a educação financeira colabora para que desde cedo eles tenham uma boa relação com o dinheiro, além de promover tranquilidade ao longo da vida, pois ela ajuda não só a economizar, mas a usar o dinheiro para realizar sonhos e alcançar metas”, esclarece. “Portanto, quanto mais cedo se aprender isso, melhor”, orienta Takara.
Segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), divulgados no fim de 2021, 46% dos brasileiros com idade entre 25 e 29 anos estão inadimplentes. A situação é ainda mais delicada entre os mais jovens, 19% dos brasileiros entre 18 e 24 anos também estão endividados. Juntos, esses grupos representam 12,5 milhões de pessoas.
As aulas são realizadas duas vezes na semana, no formato hibrido. “Temos muitos alunos que moram longe do colégio e estão tendo a possibilidade de ter uma aula tão importante, na modalidade a distância. Observamos que por ser nesse formato, interessou um maior número de candidatos”, diz o professor.
Takara ressalta que, além de ensinar noções básicas de economia, o curso também explica como investir. “Nós mostramos investimentos em tesouro direto e outros investimentos de renda fixa, de renda variável, como fundos imobiliários, ações, criptomoedas e metais como ouro. Se for de interesse do aluno, no final do curso também ensinaremos como abrir conta no exterior”, esclarece.