O presidente do clube de futebol São Caetano, Manoel Sabino Neto, foi preso na manhã desta segunda-feira (23/05) pela polícia civil no âmbito da operação “Hades” que investiga organização criminosa que atua no comércio popular de rua na região do Brás, na Capital. O advogado Fabio Tumes, que representa o São Caetano e também Neto, disse que a prisão foi equivocada e um ato de precipitação no cumprimento do mandado. Em nota, o São Caetano disse que a prisão do seu presidente nada tem a ver com a sua atividade no clube.
A operação Hades foi desencadeada pela 1ª Delegacia Seccional de Polícia (Centro) e pelo 12º Distrito Policial, nesta segunda-feira (23). Segundo a polícia a operação também integra-se à operação Sufoco, que visa prender falsos entregadores. “A ação visa é realizada contra uma organização criminosa que atua no comércio popular cometendo diversos delitos, inclusive lavagem de dinheiro. Os trabalhos estão em andamento para o cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão obtidos com a Justiça após investigações e atividades de inteligência das unidades policias. Participam das atividades 40 agentes com apoio de 20 viaturas”, informou a Secretaria de Segurança Pública em nota.
O advogado Fabio Tumes emitiu nota à imprensa. Nela ele fala de equívoco na prisão de Neto e diz esperar que os desdobramentos da investigação resolva “de forma sóbria”, a questão. “Trata-se um grande equívoco. Estão associando o Sr. Sabino, presidente da Acircom (Associação Circuito das Compras), aos comerciantes de rua da Feira da Madrugada, no Brás. A operação é direcionada aos comerciantes que atuam “nas ruas” do Brás e Sabino atua exclusivamente com comerciantes regulares e representados pela Acircom. Com o desdobramento das investigações e averiguações por parte da polícia esperamos que esse episódio seja resolvido de forma sóbria”, disse o defensor.
Tumes disse ainda que houve excesso por parte da polícia. “Houve extremo excesso e precipitação quanto a forma de cumprimento e quanto ao envolvimento de meu cliente. Meras especulações não podem servir para achovalhar a imagem de uma pessoa, tal qual o caso em comento, onde até um clube de futebol foi envolvido, sem ter absolutamente nenhum envolvimento”, conclui.
O São Caetano Futebol também emitiu nota. “O São Caetano Futebol vem por meio deste se manifestar que a operação realizada pela Polícia Civil na manhã de hoje não tem nenhuma ligação com o clube de futebol e que segundo os advogados do presidente Sabino trata-se de uma ação contra irregularidades na feira de rua do Brás. Acreditamos que tudo será esclarecido nas próximas horas”.