
Com a disseminação da variante ômicron e o consequente aumento nos casos de covid-19, a população volta a ficar em alerta para evitar a infecção pelo vírus. O isolamento social, no entanto, não deve ser impeditivo para a realização de atividades físicas. A observação é da professora e gestora do curso de Educação Física da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), Alessandra Nabeiro Minciotti.
A professora salienta que os casos mais graves de covid-19, atualmente, são de pessoas que não se vacinaram e afirma que o primeiro passo para estar ao ar livre, com mais segurança, é a vacinação. Dessa maneira, explica, uma boa opção para manter as atividades físicas em dia é realizá-las em ambientes abertos.
O mais seguro diante do atual cenário é ficar em casa, diz. Entretanto, ao optar por realizar atividades e exercícios físicos fora dela, um local grande e aberto como um parque, oferece menos risco de contágio do que ambientes fechados, como academias. “Uma caminhada na rua ou no parque é uma boa alternativa porque a troca de ar é maior. Com o uso da máscara, cria uma outra camada de proteção. O índice de infecção é muito menor em comparação à academia”, frisa.
Todavia, para os que preferem realizar atividades, como levantamento de peso, em que estar na academia se faz mais necessário, Alessandra recomenda horário com menos público. “Muita gente vai de manhã e de noite. Por mais que seja difícil, tentar encontrar brechas [na rotina] que permitam a pessoa ir durante a tarde é uma opção. Além disso, distanciamento e evitar colocar a mão nos olhos”, diz.
A professora enfatiza a necessidade de uma adaptação, dentro do cenário atual, para que as atividades físicas não deixem de ser feitas. É preciso encontrar recursos possíveis. O importante é não parar, comenta. Alessandra aponta a preferência pelo uso das escadas, para quem mora em prédio. Aos que utilizam ônibus para trabalhar, a gestora indica descer um ponto antes e fazer o restante do percurso a pé. “Atividade física é diferente de exercício físico. É tudo o que promove gasto calórico, já o exercício físico é feito de maneira regular”, distingue.
Deixar de lado as atividades físicas tem uma consequência direta à saúde do indivíduo. Alessandra aponta que, durante a pandemia, houve um aumento nos casos de hipertensão e diabetes. Além disso, a saúde mental também pode ser beneficiada pela prática, uma vez que a endorfina, hormônio responsável pela sensação de prazer, é liberada. “É imprescindível para a qualidade de vida, tanto física quanto emocional”, completa.