Diferente do governo do Estado, nem todas as prefeituras do ABC vão exigir dos alunos o comprovante de vacinação contra a covid-19 para o início das aulas presenciais previsto para fevereiro. Mauá, São Bernardo e Diadema disseram que vão pedir o comprovante de vacinação. Quanto aos funcionários, três cidades da região, Santo André, São Caetano e Rio Grande da Serra não exigem que os servidores se vacinem, nos demais municípios a imunização do funcionalismo é obrigatória. Por conta das férias de janeiro há poucas informações sobre afastamentos de pessoal por conta de gripe ou de covid-19.
Mauá foi diz tem 39 servidores da Educação afastados por gripe (1,3% do total) e 7 (0,23%) por covid-19. Na cidade, segundo a prefeitura, todos os profissionais da área já tomaram as duas doses da vacina contra a covid-19 e estão recebendo a dose de reforço conforme as datas estabelecidas. O município também informou que vai exigir o comprovante de vacinação dos alunos. As aulas em Mauá voltam no dia 7 de fevereiro.
Em São Bernardo são cerca de 82 mil alunos que voltam às salas de aula também no dia 7. A cidade diz que exige a apresentação da carteira de vacinação atualizada dos alunos. Na cidade 23 servidores da Educação estão afastados de suas funções por síndrome gripal, suspeita ou diagnóstico confirmado de covid-19. O número representa 0,26% do quadro total, composto por 8.943 servidores.
A prefeitura de Diadema diz que, por conta das férias não em um quadro de pessoas com covid-19 ou gripe. De acordo com o calendário até o final de janeiro ainda há funcionários para tomarem a terceira dose da vacina. Quanto aos alunos a prefeitura diz que nenhum adulto pode frequentar a escola sem ser vacinado e que conforme a vacinação das crianças for avançando o certificado também será obrigatório. Na cidade os cerca de 30 mil alunos voltam às aulas presenciais no dia 2 de fevereiro.
Análise
A prefeitura de Ribeirão Pires diz que, como os funcionários estão de férias neste mês de janeiro não tem como precisar as infecções e que esse quadro será atualizado com o retorno às aulas. A prefeitura informou que está analisando que vai exigir o comprovante de vacinação.
Rio Grande da Serra informa que não há registro de afastamento por sintomas gripais ou por covid-19. “Em relação a primeira dose da vacina contra a covid-19, apenas dois funcionários da área administrativa da Educação que não tomaram. Quanto a segunda e terceira dose, a pasta está fazendo o levantamento”, informou em nota. Rio Grande atende 1.700 alunos da Educação Infantil e a administração diz que está estudando a possibilidade de se solicitar o comprovante de vacinação aos funcionários.
A prefeitura de Santo André que atende 38.264 alunos das EMEIEFs (Escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental) e da Educação de Jovens e Adultos, informa que já cobra, no momento da matrícula, a carteira de vacinação atualizada. “Quanto à vacinação contra covid-19 para crianças na faixa etária de 5 a 11 anos, estamos acompanhando as orientações da Secretaria de Saúde e demais órgãos competentes”, disse a prefeitura em nota enviada ao RD. A prefeitura não informou sobre afastamentos de pessoal. Quanto à vacinação dos servidores – que não é exigida pelo município – a prefeitura diz que ela está em andamento.
A prefeitura de São Caetano não se pronunciou.
Estado
O governo do Estado informou que no ABC são mais de 15 mil profissionais da educação e 244.382 mil alunos matriculados. As aulas começam no dia 2 de fevereiro. O Estado vai exigir a comprovação de vacinas no fim do bimestre. “A comprovação de vacinação de alunos é recomendável, como já acontece com a apresentação da carteira de vacinação geral no ato da matrícula ou durante o ano letivo. Na última sexta-feira (14/01), o secretário da Educação, Rossieli Soares, comunicou que deve editar uma resolução para que as carteiras de vacinação das crianças sejam apresentadas nas escolas no fim do 1º bimestre. Na ocasião o chefe da pasta estadual disse que não haverá impedimento para frequência às aulas, mas os casos de não vacinados serão informados ao Conselho Tutelar.
Os últimos dados da Secretaria de Educação mostram que não foram registrados casos no mês de dezembro entre profissionais da Educação nas sete cidades do ABC, que tenham sido notificados pelas escolas.