Mauá terminou 2020 com uma troca no comando da Prefeitura, após uma eleição apertada. Os protagonistas deste momento seguiram nesse patamar em 2021, mas cada um a sua maneira. Marcelo Oliveira (PT) assumiu o Paço em meio a pior fase da pandemia, tentando apoio na Câmara e tentando resolver problemas históricos. Atila Jacomussi (Solidariedade) mudou de partido, buscou apoios em outros municípios para uma tentativa de candidatura para o próximo ano, mas seguiu em uma oposição feita nas redes sociais.
Oliveira entrou na Prefeitura sofrendo uma sequência de derrotas no Legislativo, com o bloco de vereadores eleitos na base de outros candidatos a prefeito dominando a Mesa Diretora, as comissões permanentes e reprovando mudanças no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).
Além disso, teve que correr atrás do Governo do Estado para disponibilizar novos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Covid-19 para conseguir os inúmeros pacientes que estavam em estado grave, algo que foi obtido com facilidade.
Com o passar dos meses, Marcelo conseguiu articular e reverter a situação no Legislativo, o que foi demonstrado no elástico placar que impediu um início de processo de impeachment pedido pelo vereador Sargento Simões (Podemos), um dos seus principais críticos.
Na Saúde, com o avanço da vacinação o número de internações em decorrência do novo coronavírus caiu, o que abriu espaço para a retomada das conversas com o Estado sobre o aumento dos repasses para o Hospital de Clínicas Dr. Radamés Nardini. A promessa foi feita, porém, o valor de R$ 1 milhão mensais não foi retomado. A Prefeitura segue na busca de pelo menos R$ 5 milhões para custeio.
Enquanto isso, Atila seguiu uma rotina de comentários sobre a gestão petista em suas redes sociais. Realizou transmissões ao vivo, textos com fortes críticas e quando pode circular pela cidade parecia atuar ainda como chefe do Executivo.
Neste período trocou de partido, deixou o PSB (que agora faz parte da base de Marcelo) e partiu para o Solidariedade, inclusive com cargo de coordenação, porém, a possibilidade da legenda apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições do próximo ano cria uma chance de nova troca, o que não impediria que o ex-prefeito busque sua candidatura para deputado. Só não se sabe se é para estadual ou federal.
Outros dois nomes ainda são aguardados para futuras decisões políticas. O ex-prefeito Donisete Braga (PDT) e a ex-deputada estadual Vanessa Damo (MDB). Ambos passaram o ano de maneira mais tranquila, sem grandes movimentações políticas, o que segue gerando dúvidas sobre seus próximos passos.