A chegada da temporada de chuvas de verão coloca em alerta os moradores da região, que, há anos, sofrem com problemas críticos de deslizamentos, alagamentos e enxurradas em pontos de atenção. Dados fornecidos por quatro, das sete prefeituras da região, apontam que no ABC existem pelo menos 143 áreas de risco na região, sendo a maioria em São Bernardo, que monitora 126 pontos. Assim, na tentativa de evitar tragédias, as administrações colocam em prática as ações junto as equipes de Defesa Civil para evitar problemas.
Com 126 setores de risco em pontos descentralizados da cidade, a Prefeitura de São Bernardo deu início ao Plano Municipal de Redução de Riscos. O estudo, feito por meio de convênio com o Ministério do Desenvolvimento Regional, em parceria com a Universidade Federal do ABC, monitora as áreas regularmente e envia alertas para as equipes. O município também mantém a Operação Pé D’Água, que visa minimizar o impacto das chuvas com mutirões preventivos e planos de ação para ocorrências nas regiões mapeadas.
São Caetano contabilizou, em 2021, cerca de 11 episódios de alagamento. Além da área do Cemitério Vertical (na divisa com Santo André), houveram ocorrências no Jardim São Caetano e nos bairros São José, Fundação e Prosperidade, este próximo à Guido Aliberti. Em Rio Grande da Serra um ponto de alagamento (córrego Rio Grande) foi registrado, que segundo a Prefeitura, há anos não alaga. Outros três pontos de deslizamento estão sob monitoramento: Jardim Guiomar, Parque do Governador e Vila São João. Neste último, houve um deslizamento no início deste ano, sem gravidades.
Ribeirão Pires registrou, no ano passado, 13 ocorrências por alagamento, e outras duas neste ano. Para evitar novos acidentes, a cidade realiza o Plano Preventivo da Defesa Civil, designando equipes e materiais para o período de chuvas. Além disso, para evitar novos alagamentos está em andamento a elaboração do Plano de Contingência. Já foram realizados limpeza da galeria central, desassoreamento de córregos, palestras educativas, acompanhamento diário do índice pluviométrico e vistorias preventivas.
Santo André não informou os pontos de alagamento e/ou deslizamento de terras que a cidade possui, mas informou que existem pontos de atenção na cidade. Para se ter ideia, nesta terça-feira (28), quando um temporal atingiu a região, o volume de chuva no Jardim Ipanema e Vila Suiça se aproximou de 109mm, enquanto na Vila Humaita, Vitória e Cidade São Jorge, chegou a 75mm. Alguns pontos tiveram, ainda, situação mais crítica, como o eixo da Av. dos Estados, arredores do Córrego Guarará, e Av. Lauro Gomes. Já no Jardim Santo André, um raio atingiu dois barracos e causou princípio de incêndio, mas logo controlado, sem maiores transtornos.
Até 2020 Mauá contabilizava ao menos 26 pontos com risco de alagamento, sob monitoramento da Defesa Civil. Neste ano, a Prefeitura não informou quantos pontos estão sob monitoramento. Diadema também não retornou os questionamentos.
Orientação
Todas as prefeituras desempenham trabalhos de monitoramento de encostas e córregos, assim como serviços de desassoreamento dos córregos e orientação para que os munícipes não construam em áreas de risco. Além disso, orientam a população em como evitar que novas ocorrências aconteçam:
- evitar jogar lixo e entulho nas ruas
- solicitar o recolhimento de materiais
- ficar alerta quanto aos sinais como árvores e postes inclinados, trincas em barracos e etc
- evitar construções irregulares
- descartar materiais como móveis e eletrodomésticos via serviço de bota fora (prefeitura)
- plantar e não destruir a vegetação das encostas de córregos e represas