
Inspirado na incidência de casos no País, o Dezembro Laranja chega para alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de pele, que pode se manifestar de forma mais frequente, como o tipo não melanoma, com aparência vermelha ou como feridas, e de forma melanoma, mais raro porém com o surgimento de pintas ou sinais na pele com tons castanhos, ambos em qualquer região do corpo.
De acordo com dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), reforçados por Mariana Murata, coordenadora da dermatologia do Hospital Bartira, da Rede D’Or São Luiz, a exposição solar em períodos de grande radiação, das 10h à 16h, pode aumentar as chances de diagnóstico da doença. “Se estiver no sol é preciso fazer uso de protetor solar, chapéus, óculos, roupas com proteção e procurar sombras que diminuam 50% a incidência de raio solar, isso é muito mais para o não melanoma”, comenta.
O tipo da doença também pode ter fatores genéticos, mas a exposição ao sol é fator primordial, e muitas das vezes relacionados ao histórico prolongado, principalmente na infância. “Nesse tipo demoram anos para se desenvolver viram feridas que não cicatrizam, mas têm uma parte da população que é mais propensa, que são as pessoas de pele e olhos claros e com parentes que já tiveram diagnóstico anteriormente, isso também faz com que ele se torne do grupo de risco”, comenta.
Já o câncer de pele tipo melanoma é mais perigoso e surge como sinais na pele, muitas das vezes confundidos com pintas ou deixados de lado, mas que deve ter atenção das pessoas para caso evolua. “É mais grave e mais agressivo, mas tem muito estudo relacionado, sempre vemos diversos tipos de tratamento, mas a primeira coisa que pedimos é para os pacientes irem ao dermatologista, sempre que aparecer uma pinta e ela muda, se o paciente notar isso de forma precoce o tratamento é melhor”.
O tratamento do câncer de pele normalmente é mais simples e não precisa degrades cirurgias ou radioterapia, e Mariana salienta que a visita ao dermatologista é necessária sempre que notar surgimento de algo na pele. “Lá conseguimos diagnosticar e ver a lesão em aumento muito maior, com as características malignas disso”, diz. “A gente educa muito o paciente em ver a lesão muito mais no inicio para que a retirada seja mais simples”, completa.’
Casos na região
Em Diadema, os registros de câncer de pele caíram neste ano para 32 pessoas, que foram internadas em hospitais do Estado com diagnóstico, em 2019, foram 73 pessoas, e em 2020 foram 51 pacientes. A cidade pede para que os moradores procurem uma UBS (Unidade Básica de Saúde) em caso de suspeita, em que é feita a anamnese, exame físico e elaboração de hipóteses ou conclusões diagnósticas e solicitações de exames, quando necessário.
Sem número da cidade, Rio Grande da Serra diz que quando há suspeita de câncer em um munícipe, o paciente é encaminhado para uma das unidades do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) para fazer exames e caso confirmado é o munícipe é enviado à Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer.
Mais 45 casos foram registrados neste ano, em São Caetano, número também caiu comparado ao ano de 2020, que teve 77 registros, e 2019, com 133 casos. A cidade conta com atendimento especializado, além de ambulatório de oncologia para atender e acompanhar casos de câncer.
Já em São Bernardo, os casos de câncer de pele aumentaram neste ano, com 189 registros, comparado a 2020, que teve 144. No entanto os números são inferiores a 2019, que registrou 287 casos. A cidade aderiu à campanha e realiza distribuição de panfletos e apresentação de slides nos televisores da rede de Saúde, que transmitem informativos sobre como prevenir e tratar a doença.
Mauá teve 7 casos neste ano e 4 em 2020, já os dados de 2019 não estão disponíveis segundo a Prefeitura.
Santo André não retornou com os dados até o fechamento da matéria.