O RD promoveu nesta quinta-feira (18/11) mais um debate entre candidatos a presidência da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) nas subseções do ABC. Dessa vez o debate contou com os quatro candidatos na disputa de São Bernardo: Luiz Ribeiro, da chapa “Pra Frente OAB”; Carmela Dell’Isola, da chapa “Nova Ordem para São Bernardo”; Luiz Ricardo Bertanha, da chapa “União pela Ordem”; e Francisco Quirino, da chapa “Em apoio a Francisco Quirino”. Por duas horas, os presidenciáveis são-bernardenses trocaram perguntas, farpas, e falaram sobre suas propostas.
Temas como cotas raciais na formação das chapas e a relação com a seccional de São Paulo foram pedidos pelos internautas. O debate também contou com troca de farpas sobre temas espinhosos entre os candidatos e os fatos ocorridos durante a campanha. Também houve pedidos de direitos de resposta por parte de todos os participantes, alguns com mais de um pedido após questionarem respostas que consideraram ofensivas.
A primeira pergunta do debate foi sobre a primeira ação que vão tomar caso sejam eleitos. A ordem da resposta foi feita por sorteio antes do início do programa. Confira o que cada candidato relatou.
“A minha primeira ação, melhor a nossa primeira ação a ser feita, e de forma rápida, é, sem dúvida, organizar e modernizar a casa. Os procedimentos e os modus operandi da casa estão ultrapassados, a engrenagem é lenta e engessada, e com isso todos perdem, em especial a advocacia. Essa interlocução entre a OAB e o advogado deve ser fácil, deve ser leve, com menos burocracia para que possa atender as necessidades do advogado. De pronto se faz necessário elaborar um novo regimento interno em que as regras sejam desenhadas de forma participativa, integrada, com a participação dos funcionários, colaboradores, e claro, da diretoria. O envolvimento de todos gera naturalmente um comprometimento em que todos ganham. É importante o diálogo constante, a troca de ideias e experiências”, disse Carmela.
“A valorização do advogado, nós vamos fazer com que o advogado tenha empregabilidade, o que ocorreu nessa pandemia foi exatamente isso. Então, para nós a prioridade, o primeiro ato de gestão é fazer com que tenha empregabilidade e também dar transparência de gestão em todos os aspectos, em aspecto amplo. Seja na contabilidade da gestão, o advogado precisa saber de onde vem o recurso e de onde não vem. E o terceiro ato de gestão é que nenhum advogado inscrito em São Bernardo do Campo pagará por cópias ou qualquer outro tipo de serviços prestados para a entidade. Em 2018 a minha proposta era para que o estacionamento era R$ 0, não era para ser cobrado, e hoje não é cobrado. O coworking também era proposta nossa, foi feito nessa gestão”, falou Quirino.
“Nós começamos um trabalho em 2018, há três anos, um trabalho que transformou a gestão em São Bernardo do Campo. Um trabalho que modernizou a nossa subseção, que digitalizou, hoje temos uma subseção mais moderna, com sua estrutura física mais cuidada, mais preparada. Uma gestão que combateu o fisiologismo dos últimos 15 anos das pessoas que poderiam ter a oportunidade de fazer algo pela nossa gestão, pela nossa casa e acabaram não fazendo. Nós pretendemos fazer com esse trabalho que teve início há três anos, que vem se valorizando, que reconhece o trabalho da jovem advocacia, que abre portas, que torna a casa uma casa inclusiva, que permite novos rostos, novas caras para participar das decisões de ordem. Decisões coletivas que não se limitam apenas ao grupo da diretoria, onde as comissões que estiveram presentes tiveram a oportunidade de trabalhar, fazer em fim com que a advocacia de São Bernardo continue crescendo, continue sendo valorizada. Nós tivemos em 2018 como lema ‘juntos pela advocacia’ e hoje essa advocacia está grande, está forte, está sólida. Nós conseguimos abrir portas que estavam fechadas, conseguimos tratar os desiguais de maneira para que fossem iguais aos demais. Nós fizemos uma gestão ímpar e por isso pretendemos continuar em frente”, comentou Ribeiro.
“Não podemos perder tempo, a nossa Chapa 3, ‘União pela Ordem’, ela entende que as comissões setoriais, entre várias providências, as comissões setoriais precisam estar a todo o vapor. Sabemos que muito do protagonismo da OAB depende das comissões, ou seja, temos que ter engajamento para que dezenas e dezenas de comissões funcionem, com autonomia, liberdade e essa será a prioridade da Chapa 3. Precisamos de uma Comissão de Prorrogativas com liberdade de atuação, independência, autonomia. E uma Comissão de Ética que seus presidentes, seus membros possam discutir com os advogados as dúvidas inerentes ao estatuto, ao Código de Ética, ao novo provimento. Todas as subseções em que eu passo existem muitas perguntas feitas por advogados sobre isso, ou seja, é importante ter esse bate-papo diário com todos. Comissão da Jovem Advocacia que realmente seja atuante, que fortaleça a jovem advocacia. Nós temos um projeto importante chamado Primeiros Passos, projeto da OAB que vai à faculdade e ao jovem graduando, isso é muito importante. Temos também as comissões de Assistência Judiciária que precisam entender qual é o seu papel dentro da sociedade mediante ao atendimento e acolhida da população carente. Que possamos na OAB encaminhar essa população para as defensorias públicas, para as faculdades de Direito, mas que eles tenham o primeiro acolhimento que é isso que a OAB tem que fazer, tem que cuidar de advogados, mas também cuidar de gente. Diretoria unida e participativa, isso é muito importante, que tenha voz, que converse com os advogados de forma habitual, informando quais foram os acontecimentos mais importantes da semana, uma aproximação da OAB”, finalizou Bertanha.