O deputado federal, Vinícius Poit (Novo) disse que seu partido tem uma meta de crescimento na Câmara Federal, a ideia é chegar a 31 deputados federais, sendo que o Estado de São Paulo tem uma participação muito grande neste processo. O ABC participa desse planejamento e segundo o parlamentar a proposta é fazer no mínimo um deputado para casa federal e também um deputado estadual nas eleições de 2022.
Quem dever ser o puxador de votos da sigla é o próprio Poit que já se colocou para o processo seletivo do Novo para a escolha do candidato a governador. Até o momento ele é o único que colocou o nome para a disputa interna da sigla. A definição deve sair até setembro. “A gente tem meta nacional ousada de termos 31 deputados federais para ter algumas prerrogativas na casa, mas para isso acontecer o estado de São Paulo tem que botar uns seis federais lá dentro e eu acredito muito que o ABC pode colocar um ou dois. Para mim tem que botar um estadual e um federal eleitos pelo ABC. Eu vou fazer de tudo para isso acontecer”, disse o deputado ao jornalista Leandro Amaral, do RDTv.
Sobre sua pretensão de disputar o governo do estado, Poit destacou o desgaste do modelo político que administra São Paulo e falou da falta de nomes novos. “O paulista e a população do ABC querem alguém que trabalha, focado na solução. A perpetuação e reeleição não é algo saudável. Está na hora de passar o bastão por isso que estou indo para esse pleito representando o nosso ABC, e para São Paulo ter um governador novo de verdade. Assim dou força para mais de três federais e mais de quatro estaduais que é o número que a gente tem hoje”, aposta.
Segundo Poit o processo interno de escolha de candidatos que está em andamento no partido tem lhe exigido muita dedicação. “Tenho entrevistas marcadas para falar de plano de governo, falar de complience, passando tudo isso estarei aprovado e, se não tiver ninguém no mesmo estágio, posso ser efetivado como candidato. Até o momento eu estou como participante único”, disse Poit que pretende ser o nome da terceira via na disputa entre PT e PSDB. “São Paulo merece um governo novo, que não fique só polarizando. Não falei (da pré-candidatura) nem nas minhas redes sociais. É uma pré-candidatura sujeita à aprovação em processo seletivo, mesmo assim já fiquei na frente do Rodrigo Garcia, segundo pesquisa da Paraná pesquisas feita em junho; o instituto Travessias mostra meu nome com 3% sem lançar a candidatura, isso é muito positivo”, analisa.
Outro puxador de votos seria um candidato majoritário para a disputa do Palácio do Planalto, o que o partido ainda não definiu. Na eleição anterior João Amoedo, desistiu da disputa. “Ainda defendo que o partido tenha candidato majoritário, se for o João Amoedo que seja. Logo que ele desistiu eu liguei para ele, ele explicou e com uma humildade e uma coragem importante. Quanto a gente tá na política o projeto coletivo é muito mais importante que o projeto individual”, destacou. Porém Poit considera que o partido tem que participar mesmo que não seja um nome de suas fileiras a disputar a presidência. Tem que colocar uma terceira via mesmo que o Novo tenha que compor para derrotar Lula e Bolsonaro”, sugere o deputado.
Poit teve em 2018 cerca de 18,5 mil votos, sendo quase 7 mil deles de São Bernardo, por conta de sua ligação com a cidade. O ABC tem grande importância para Poit e para o Novo, tendo representatividade em todas as cidades, sendo que em São Caetano disputou a prefeitura no ano passado, com Mario Bohn, terminando com 9,1% dos votos. “Partido Novo está crescendo e vai vir forte em 22. Eu sigo na liderança do partido no Congresso, focado nesse projeto da candidatura ao governo, trabalhando duro para entregar minhas metas lá, na liderança da bancada paulista, nosso estado está forte, está unido e nosso ABC também”, comentou Vinícius Poit. Nos dias 5 e 9 de julho o deputado federal estará visitando o ABC.
Pauta
Na pauta da Câmara Federal, Poit disse que não espera muito da Reforma Fiscal, segundo ele, o presidente da casa, deputado Arthur Lira, para se eleger firmou muitos compromissos e a relatoria da proposta foi fatiada.. “Vai virar uma colcha de retalhos. O meu receio é que saia qualquer coisa e fique pior do que está. Não tenho esperança de que esse negócio vai sair tão rápido este ano. Eu acho que a reforma administrativa pode sair mais rápido e o principal é o fim dos super-salários que é uma bandeira que a gente está lutando, batendo forte e tenho esperança que a gente aprove isso, inclusive antes do recesso parlamentar”, relatou.
Poit disse que a bancada do Novo destinou emendas para universidades e institutos federais que pediram recursos para superarem dificuldades financeiras. “Fui procurado e a gente desviou algumas emendas da bancada paulista para as universidades federais e os institutos federais. Tentamos uma reunião com o ministro da Educação, mas infelizmente esse governo federal é ruim demais de diálogo O ministro desmarcou a reunião em cima da hora e aí convidou somente dos deputados da base. Eu como coordenador de bancada me recusei a ir, porque é um absurdo o cara chamar só quem ele quer que participe. E aí está a UFABC (Universidade Federal do ABC) e os institutos federais carecendo de recursos enquanto sobra dinheiro para o Centrão, para emenda e para um monte de coisa que não é prioridade do país. Eu sinto por isso e luto para que esse governo seja minimamente responsável e bote dinheiro na Educação, na Saúde, na segurança, privatize e faça as reformas que prometeu, senão não vai passar de alguém que não cumpre o que fala”, conclui Poit.