A campanha de vacinação contra a gripe, no ABC, registrou comparecimento de 25,5% dos trabalhadores da saúde, crianças de seis meses a menores de seis anos, grávidas e puérperas (mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias). Diante disso, as secretarias de saúde seguem com convocação destes públicos para garantirem sua dose de proteção contra o vírus da Influenza.
Quem ainda não recebeu a proteção, deve procurar os postos de saúde preferencialmente até 8 de junho. Apesar das doses estarem disponíveis desde 12 de abril para toda população do ABC, pouco mais de 185,4 mil aderiram à campanha, sendo a maioria dos imunizados em Santo André, com cobertura vacinal em 26,97% com 60,1 mil vacinados até o momento.
Na sequência aparece São Bernardo com pouco mais de 64,7 mil imunizados, cerca de 21% da cobertura vacinal. A campanha de vacinação segue ativa na cidade, nas 34 unidades básicas de saúde, das 8h às 17h, e em dois postos avançados em sistema drive thru, sendo um deles no Cenforpe (Avenida Dom Jaime de Barros Câmara, 201) e outro no Terminal Rodoviário do Grande Alvarenga (Estarada dos Alvarenga, s/nº), ambos com funcionamento das 9h às 15h, sem necessidade de agendamento.
Diadema imunizou cerca de 32,1 mil pessoas desde o início da campanha de vacinação. Restam 103 mil pessoas atenderem o chamado para receber a dose do imunizante. São Caetano, que tem como meta imunizar 90% da população, imunizou somente 19,6 mil pessoas, outras 63,3 mil ainda não foram em busca da aplicação. Já Ribeirão Pires, registrou contabiliza 8,8 mil imunizados em um universo de 26,7 mil pessoas que precisam se vacinar. Mauá e Rio Grande da Serra não responderam até o fechamento da reportagem.
“A gripe e a covid-19 são doenças respiratórias que circulam juntas, e por isso é necessário a proteção”, defende Ruan de Andrade, infectologista do Hospital e Maternidade Brasil, em Santo André. O especialista alerta que a vacina é totalmente segura e não causa gripe, pois é composta apenas de fragmentos do vírus que garantem a devida proteção. “Não há o que temer e é essencial que todos se protejam, mesmo que nesse período mais difícil de isolamento social”, completa.
Com intuito de reduzir aglomerações para reforçar a prevenção à covid-19, o cronograma da campanha foi dividido em etapas, que se estenderão até 9 de julho, data final da campanha. Quem não recebeu aplicação em uma das primeiras fases, pode buscar uma unidade de saúde, ainda que na terceira etapa do processo, que inclui pessoas com comorbidades e com deficiência (física, auditiva, visual, intelectual e mental) para receber a dose do imunizante.
O infectologista garante que as unidades de saúde estão preparadas, dentro dos critérios de segurança para atender toda a população. “Estamos em um contexto de época sazonal, em que não só o público prioritário precisa se vacinar, e as unidades de saúde estão preparadas para isso, respeitando os protocolos de segurança”, afirma. A recomendação do médico para quem recebeu a vacina contra a covid-19 é aguardar ao menos 15 dias, entre uma dose e outra, para receber aplicação do imunizante da gripe.