Moradores de Diadema pedem mais policiamento contra bailes funk

(Foto: arquivo pessoal)

As festas clandestinas acontecem todo final de semana, no meio da rua, e o som alto sai dos carros na Favela da Torre, em Diadema. Quem mora na região já não suporta mais o barulho e pede mais policiamento no combate à perturbação sonora e aglomeração em meio a pandemia.

Um morador local, que preferiu não se identificar, conta que apesar dos problemas, a Prefeitura retirou os serviços da ROMU (Ronda Ostensiva Municipal Urbana) e Caminhão Tempestade, usado pela guarda municipal para dispersar aglomerações com jato de água, no início do ano, o que têm contribuído para a continuidade das festas.

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“Esse baile nunca foi interrompido. O que aconteceu foi uma melhorada quando veio o tempestade e quando tinha a ROMU, mas com a retirada dos serviços a situação ficou pior”, conta. “Os moradores idosos e deficientes sofrem com essa situação, pois não entra e nem sai ambulância enquanto ocorre o baile funk”, comenta o morador.

Além disso, o reclamante informa que os bailes têm sido organizados em perfis privados nas redes sociais, com intuito de evitar ações policiais. “Eles privam as informações para não obtermos acessos dos dias que tem baile. Mas muitos jovens comentam sobre o esquema”, enfatiza.

Em entrevista ao RD, o secretário de Defesa Social de Diadema, Benedito Domingos Mariano, explica que, há sete semanas, a Prefeitura resolveu mudar a estratégia de enfrentamento aos pancadões no município, com divisão dos bairros. “Nos dividimos entre GCM (Guarda Civil Municipal) e PM (Polícia Militar) para atuar nas regiões. Assim, alguns bairros ficaram sob supervisão da nossa corporação enquanto outros ficaram sob policiamento da PM, caso da Favela da Torre”, diz.

Neste período, o secretário defende que os três principais focos de pancadões na cidade: Morro do Samba, Gazuza e Pombal, já apresentaram queda nos índices de aglomeração. “De seis semanas pra cá diminuímos e muito o número de aglomerações e impedimos ao menos três pancadões nos bairros”, enfatiza.

A respeito do “Caminhão Tempestade”, o secretário enfatiza que desde que a atual gestão assumiu a Prefeitura, o serviço não tem sido utilizado para enfrentar pancadões. “O ‘tempestade’ nunca conseguiu acessar essas ruas, porque elas são muito estreitas”, explica. “Além do mais, o caminhão não impede festas clandestinas, uma vez que uma hora depois as pessoas voltavam a aglomerar”. Mariano conta, ainda, que entre as ações efetivas, reforçou a corporação com mais guardas para combater festas clandestinas.

Em resposta por meio de nota, o Comandante do Vigésimo Quarto Batalhão de Polícia Militar Metropolitano – Diadema/SP, Tenente Coronel Hélio Patrício Júnior, esclarece que a demanda tem sido alvo de ações preventivas.

Além disso salienta que o local mencionado é de conhecimento deste Comando e tem sido constantemente saturado a fim de evitar aglomerações de pessoas com o intuito de realizar bailes funk, por meio das operações: Paz e Proteção, Operação Servir e Proteger, Operação Pinçamento, Operação Grande ABC Mais Seguro, sendo fiscalizados bares, pedestres, veículos, motocicletas e também locais que possam reunir pessoas para eventos festivos.

Por fim, esclarece que “Nos últimos meses foram realizadas diversas operações na área do Batalhão em conjunto com a Prefeitura Municipal de Diadema e demais Forças Policiais com vistas a “Pancadões e bailes Funk” com resultados positivos, tanto que em 18 de maio de 2021 foi realizada a Operação Grande ABC Mais Seguroque garantiu resultados positivos e inibiu a presença e aglomeração de pessoas em comunidades, sendo que as operações para tal finalidade estão programadas todos os finais de semana”, encerra.

Veja vídeo:

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