Profissionais da Educação, que ainda não foram imunizados contra a Covid-19, se preocupam com o retorno às aulas presenciais nas escolas da região. Os funcionários com menos de 47 anos ainda não entraram na lista de prioridades para a aplicação da vacina contra o coronavírus, o que tem gerado bastante revolta.
Uma professora do Ensino Fundamental de Ribeirão Pires, que preferiu não se identificar, conta sobre o medo de voltar a dar aulas presencialmente. “Vou ficar em lugares fechados e não estou imunizada, por isso o medo”, diz. “A Covid é muito perigosa e é uma doença facilmente transmissível. Fiquei 40 dias doente e não quero me contaminar de novo”, conta.
A professora ainda relata que a escola municipal em que leciona ainda não retornou ao formato presencial, mas logo irá voltar, por isso a preocupação. “Com a volta às aulas, várias dúvidas retornam, principalmente com tantas mortes acontecendo. Mas somos funcionários e temos que cumprir ordens, pois ainda que houvesse uma restrição e equipamentos adequados, teríamos que voltar”, expõe.
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo esclarece que o retorno às aulas e atividades presenciais na rede estadual de ensino não está condicionado à vacinação dos profissionais da Educação. “A campanha de vacinação dos profissionais da educação foi iniciada no dia 10 de abril e visa imunizar nesta primeira etapa 350 mil trabalhadores da educação acima de 47 anos. As outras idades serão incluídas tão logo tenhamos vacinas para garantir a imunização dos mais vulneráveis e os demais públicos previstos no PNI (Plano Nacional de Imunizações)” explica a Seduc.
A Secretária ressalta que neste momento, o Estado enfrenta uma escassez de vacinas por falta de perspectivas do Ministério da Saúde, problema que afeta não apenas São Paulo, mas todo o Brasil. “No Estado, o objetivo é vacinar toda a população o quanto antes e seguir produzindo imunizantes para todos os brasileiros”, diz.