O secretário de Saúde de Santo André, Márcio Chaves, contou com exclusividade ao ao RDtv que Santo André pretende vacinar 200 mil pessoas pertencentes ao grupo de risco contra a covid-19 ainda no primeiro semestre de 2021. De acordo com o secretário, a medida vai de acordo com o plano nacional de imunização que prevê imunizar nesta primeira etapa, a partir do dia 25 de janeiro, idosos, profissionais de saúde e outras pessoas pertencentes ao grupo de risco.
Assim que registrada uma vacina ou autorizado o uso emergencial de um imunizante, a distribuição iniciará para os 26 estados e Distrito Federal “em até cinco dias”, conforme informou o ministro Eduardo Pazuello, em documento com detalhes sobre o programa de vacinação, solicitado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A projeção de Chaves é que, assim que haja a liberação de um dos imunizantes, o ABC já seja uma das regiões contempladas.
“O Governo do Estado já nos apresentou um plano bastante consistente com vacinas, insumos e seringas e estamos mais do que preparados com os profissionais da saúde para iniciar a imunização dos pouco mais de 200 mil habitantes pertencentes a essa primeira etapa do plano”, disse o secretário ao lembrar, ainda, que foi necessário postergar férias e licenças de fim de ano dos profissionais da saúde, tendo em vista a proximidade da chegada de uma possível imunização.
Segundo Chaves, desde a segunda quinzena de novembro, o cenário de casos e internações em decorrência da doença foi agravado, o que fez com que houvesse uma pressão ainda maior em relação à vacina. “Para se ter ideia, tínhamos 160 pessoas internadas na rede pública/privada e atualmente estamos com 465, mais do que dobrou. Nossa UTI está com 62% da capacidade. Esses números refletem em todo Brasil, o que fez com que houvesse uma pressão para que a vacina fosse ainda mais apressada”, explica.
O perfil dos infectados também mudou. Enquanto no início da pandemia, em meados de março, os idosos eram os alvos mais comuns, no segundo semestre os jovens viraram os protagonistas. “Infelizmente é o que mais chama atenção no momento: a quantidade de jovens, entre 25 e 45 anos infectados por conta da flexibilização ou por relaxarem pela possibilidade de uma vacina, o que não pode ocorrer”, enfatiza.
De acordo com o secretário, apesar da rede pública estar preparada com hospitais, equipamentos e 5.500 profissionais para atuar na linha de frente da vacinação, é imprescindível que a população mantenha os cuidados básicos com a saúde. “De fato não vamos demandar de novas contratações principalmente para a vacinação, mas é necessário que as pessoas se cuidem para que não haja uma explosão de casos na cidade. Nós estamos fazendo nossa parte, mas as pessoas precisam ajudar ficando em casa, respeitando o isolamento social, utilizando máscaras e álcool em gel”, diz.