No período de quarentena, os cursos onlines (preparatório para concurso público, de idiomas, informática, etc) são cada vez mais procurados pela população, que busca se capacitar recolocação no mercado de trabalho. No entanto, apesar de muitas dessas ofertas não serem reguladas pelo Ministério da Educação ou pelas Secretarias de Educação, os cuidados vão além de uma simples verificação, pedem orientação e fiscalização rigorosa quanto à validação da oferta de ensino.
Em entrevista ao RD, o gestor dos cursos tecnológicos da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), Antonio Fernando Gomes Alves sugere que antes mesmo da contratação, o interessado saiba seu próprio propósito do curso. “É importante que ele tenha em mente o porque quer fazer aquele curso, se é para se aperfeiçoar em alguma área ou para ingressar em um novo segmento, para depois disso começar a procurar opções”, orienta.
Logo após isso, outra sugestão do profissional é que o interessado busque a princípio por cursos rápidos em instituições de ensino já reconhecidas e qualificadas. “É importante buscar instituições de ensino conhecidas ou recomendadas para não cair em golpes, porque é muito comum as pessoas se inscreverem em uma instituição e receberem certificado por outra, o que pode ser uma furada na hora de comprovar no mercado. Além disso, o curso rápido traz uma noção se aquele curso é realmente o que o candidato busca”, sugere.
Especialmente no período de pandemia, a USCS desenvolve o projeto Webinar, com transmissões ao vivo, abertas à população, para discorrer diversos temas junto com alunos e convidados justamente para auxiliar a população a respeito dos mais variados assuntos. “Procuramos exatamente isso, discorrer de vários temas, ampliá-los e proporcionar a troca de experiências com a população. E o melhor de tudo é que ainda emitimos certificado após a participação”, explica. Para participar, é necessário efetuar a inscrição prévia pelos links de acesso no site da USCS (link).
A idealizadora do Projeto Emprega, da Universidade São Judas, Simone Nascimento, sugere ainda que ao buscar o curso de interesse, haja a certeza para que não hajam gastos adicionais. “Caso contrário, o que pode ocorrer é que a pessoa ficará com vários certificados à toa e gastará um dinheiro com algo que nem sequer teve a certeza que gostaria de gastar”, afirma.
A especialista aponta que na questão financeira é onde as pessoas mais erram no momento da contratação. “Principalmente agora em que tudo está sendo feito de forma virtual, a forma de pagamento é algo que devemos ter atenção redobrada. Pagamentos com sinais de alerta ou sem uma fonte segura para garantia de estorno pode ser uma furada”, diz.
Nesses momentos, Simone sugere que o interessado faça uma consulta com as universidades e/ou busque comendações de outras pessoas que já estudaram na instituição ou com quem oferece o serviço para evitar dores de cabeça. “Assim você poderá evitar maiores complicações e ainda poderá confiar se o local proporciona um bom aprendizado ou não”, sugere.
Os cursos de idiomas e aperfeiçoamento em pacotes básicos de ferramentas de internet são os mais requisitados no período da quarentena, conforme explica a professora. “É uma boa oportunidade para se especializar, no entanto que seja com segurança”, alerta.