A saída de Claudio Melo, o Claudinho da Geladeira, do PT para o Podemos ainda não engolida pelos seus ex-colegas. Em entrevista ao RDtv nesta terça-feira (25/08), o ex-prefeito de Rio Grande da Serra e pré-candidato ao mesmo posto Ramon Velasquez (PT) chamou um dos seus concorrentes por diversas vezes de “traidor”. Além disso, considera que o atual prefeito, Gabriel Maranhão (Cidadania), não teria forças para emplacar o nome de Marilza de Oliveira (PSD).
Ao ser questionado sobre o cenário em que Claudinho coloca o PT como seu principal adversário, principalmente após um dos partidos de apoio ao ex-petista, o Avante, ter processado Velasquez por um programa feito nas redes sociais, Ramon deixou clara a sua posição diante o ex-colega de partido.
“Eu acredito que o principal adversário do Claudinho da Geladeira seja ele mesmo, porque além de ser despreparado, não se preparou nestes anos todos. Quando foi vereador eu sempre fui crítico ao nome para assumir uma candidatura a prefeito, porque quando ele foi vereador ele não foi capaz de fazer a leitura de nenhum projeto, ele não apresentou um projeto, não fez nenhum debate que o condicionasse a ser uma liderança de expressão política, que pudesse de fato debater. É tão obscuro que em suas conversas nas redes sociais é a pessoa que menos fala, parece um apresentador de programa de auditório de péssima qualidade”, afirmou.
“Quando ele traí o Lula, quando ele traí o PT e resolve trazer a figura nefasta de Álvaro Dias isso mostra que estão perdidos e de que estão com muito medo do PT”, completou o ex-prefeito que espera que o pré-candidato do Podemos não tente judicializar a campanha eleitoral.
Outro ponto debatido por Ramon é a lista de desistências nas últimas semanas. Dos 12 nomes colocados como pré-candidatos em Rio Grande da Serra, cinco já não se encontram na disputa. “Eu já imaginava que boa parte deles iria desistir, pois, não temos um partido político no Brasil, com raríssimas exceções como o Partido dos Trabalhadores que até tem sofrido muito nos últimos anos por força das conjunturas, de um processo de perseguição absurdo. Além do PT existem raríssimos partidos se organizam no país. Infelizmente é uma prática natural dentro da política de pessoas que vendem dificuldades para ganhar facilidades”, explicou.
Velasquez considera que o cenário de Rio Grande, que terá um novo nome no comando do Executivo, será mais aberto do que em cidades onde o atual prefeito tenta a reeleição. No caso de Maranhão e a tentativa de eleger Marilza de Oliveira, o petista considera que o atual governo esteja “enferrujado” apesar de reconhecer os avanços nos últimos anos após a conquista de recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) ainda na gestão de Dilma Rousseff (PT).