Paciente com suspeita de coronavírus reclama de demora no diagnóstico

Uma moradora do bairro Boa Vista, em São Caetano, que está com suspeita do novo coronavírus (Covid-19), reclama da demora no diagnóstico do exame. A paciente, Laila Rahal, chegou de viagem à Espanha no dia 2 de fevereiro e, desde então, vem apresentando sintomas da doença, há pelo menos 15 dias.

Em entrevista ao RDtv, a paciente conta que começou sentir os primeiros sintomas da doença um mês depois de voltar do exterior, mas não conseguiu efetuar o teste para coronavírus nas primeiras unidades de saúde que procurou. “Primeiro procurei as unidades de saúde do município mas ninguém quis fazer a testagem, mesmo com os sintomas com febre e falta de ar”, afirma.

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Sem sucesso, começou a buscar hospitais da rede privada e na internet quem fazia o exame, foi quando encontrou o Grupo Fleury, que indicava no site os hospitais a se dirigir para fazer o exame, entre eles o Hospital e Maternidade São Luiz, da Rede D’Or. “A princípio não quiseram colher o teste de coronavírus, e cobraram R$ 1.200 para outros exames, entre eles o de H1N1 e hemograma completo, que apontaram alteração”, conta.

Laila diz que no próprio hospital em que fez os exames, começou a passar mal, então colheram o teste de coronavírus. “A partir daí disseram que eu receberia o resultado em até 72 horas e que iam me monitorar todos os dias, mesmo que em casa, mas até agora não recebi o resultado”, conta. Via e-mail, a paciente foi informada que poderia receber o diagnóstico em até 14 dias, que venceu no dia 1º de abril, e também não recebeu qualquer retorno.

A reclamante diz, ainda, ter entrado em contato com o Hospital e o mesmo alegou, via contato telefônico, que o exame não seria entregue para a paciente, e que a mesma deveria procurar o Instituto Adolfo Lutz, responsável por analisar o exame da paciente. “O engraçado é que não quiseram mandar esse posicionamento por e-mail, só por telefone. Disseram para eu entrar em contato com o laboratório mas sequer passaram um número para guiar. Agora não sei o que faço, porque estou com sintomas e não sei se tenho de fato o coronavírus”, reclama.

Em nota, o Hospital São Luiz São Caetano informa que a paciente deu entrada no pronto-socorro da unidade dia 18/03 com sintomas de gripe. “Por não ter operadora de saúde, a paciente realizou o atendimento particular, o que justifica a cobrança. Foi realizado todo o procedimento de atendimento clínico e teste para Covid-19, cujo valor foi incluído na mesma cobrança. Porém, o exame não foi para o laboratório do hospital e sim para o laboratório de referência Adolfo Lutz. No entanto, devido à alta demanda de solicitação de exames, o Instituto ainda não retornou o resultado, embora tenha sido cobrado diariamente. Uma vez que foi verificado que não havia sido colhido o exame em nosso laboratório, a unidade estornou o valor do exame já realizado”, afirmou o hospital em nota.

O hospital alega ainda que, embora não tenha obtido o laudo, a paciente foi orientada a retornar ao pronto-socorro em caso de piora dos sintomas para reavaliação médica, o que não aconteceu até o momento. “O Hospital reforça que está à disposição para atendimento médico e maiores esclarecimentos e que continuará a cobrar o laudo do Instituto Adolf Lutz para encaminhamento do resultado a paciente”, acrescentou.

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