Após mais de um ano sem funcionar de maneira prática, a Agência de Desenvolvimento do ABC foi retomada nesta terça-feira (10), com uma reunião entre os representantes de empresas, universidades, sindicatos e poder público. O prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (Cidadania), foi eleito para presidir a entidade e fala em maior união entre faculdades e indústria.
O encontro que selou a retomada da entidade de desenvolvimento econômico ocorreu antes do início da assembleia de prefeitos na sede do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, em Santo André. Além da eleição de Maranhão que substituí o prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), na presidência, a vice-presidência ficará com um indicado do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em substituição a Marcos Bassi, reitor da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS).
A Agência terá um formato parecido com aquele que acabou interrompido em 2018, após decisão do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) que questionou o repasse de verbas do Consórcio ABC para a Agência. Agora a entidade será inserida no orçamento do próprio Consórcio, mas sem ser uma diretoria, algo que chegou a ser projetado pelos prefeitos.
“A Agência terá um papel muito importante que vai servir de ponte entre as universidades que fazem parte da Agência e as empresas aqui na região. Eu vejo hoje uma distância muito grande entre as faculdades e as empresas, e o nosso desejo é fazer com que a Agência sirva como um elemento de união”, explicou Maranhão que também preside o Consórcio ABC.
Além do elo entre universidades e empresas, Gabriel Maranhão anunciou o estudo para tentar levar um banco para a Agência e segmentar as empresas para ter tratativas com essa entidade de fomento. O prefeito não adiantou detalhes se a instituição será privada ou pública.
Outra ideia é fazer com que a Agência auxilie o próprio Consórcio em algumas atividades. Um exemplo é um estudo sobre resíduos sólidos na região, assim buscando um cenário que entre em sinergia com a construção da Usina de Recuperação de Energia (URE, também conhecida como Usina de Lixo) em Mauá. A iniciativa é da Lara, empresa responsável pelo aterro sanitário que recebe lixo de seis dos sete municípios (exceção de Santo André).
Sobre este assunto, Maranhão adiantou que existe a expectativa do Consema (Conselho Estadual do Meio Ambiente) dar uma resposta para a Lara sobre o pedido de autorização até o final do mês. Caso tenha um resultado positivo, a ideia é que uma comitiva liderada por Gabriel Maranhão viaje até Frankfurt (Alemanha) para conhecer as usinas existentes no país.
Na sequência vão viajar para Bruxelas (Bélgica) para uma reunião com representantes da União Europeia para tentar liberar verba para o projeto do Centro de Controle Operacional (CCO) e também estudos para a questão tarifária da região.