Empresário supermercadista, José Roberto Lourencini (PSDB) se coloca pela primeira vez como pré-candidato a prefeito de Mauá. Ao tentar emplacar a imagem de “novo nome” na política, o tucano quis evitar críticas aos adversários durante entrevista ao RDtv, nesta quinta-feira (6), porém mostrou indignação com a crise d’água na cidade ao afirmar que também entregaria a Sama (Saneamento Básico de Mauá) para a Sabesp (Companhia Estadual de Saneamento).
“É um absurdo que uma pessoa não possa chegar em casa e tomar banho. Dizem que a Sama tem uma dívida (junto à Sabesp) de R$ 3,2 bilhões, eu nunca deixei de pagar minha conta, então como aconteceu isso? O povo paga e você não tem água para tomar um banho. Eu entregaria a Sama para Sabesp, com certeza, pois mostra que não tem capacidade”, afirmou.
A princípio, o acordo para que a cidade possa passar oficialmente o serviço de distribuição de água para a autarquia estadual ainda depende da votação dos vetos no projeto de lei que autoriza a negociação e na sequência a assinatura entre as partes para definir este assunto. Entre os vetos está exatamente um que suspenderia o aumento da dívida e criaria uma forma de pagamento da mesma ao longo do contrato de 40 anos, como ocorreu em Santo André.
Ao afirmar que não quer “criticar o futebol dos outros”, Lourencini quer entrar “em campo” com a tática adotada pela legenda nos últimos meses, na tentativa de emplacar o “Novo PSDB” como espécie de nova bandeira de gestão, algo utilizado pelo governador João Doria (PSDB) durante as eleições de 2018.
Inclusive o empresário foi convidado para participar do pleito em Mauá pelo prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), que o apresentou para Doria, que fez o convite definitivo para ser o pré-candidato. Inclusive, durante toda a entrevista, Lourencini reafirmou que a participação do governo do Estado será importante para campanha e uma futura gestão, em caso de vitória em outubro. “Se o governador não tivesse chamado, eu não seria candidato”, disse.