A morte do turista em trilha de Paranapiacaba no último dia 12 chamou atenção para necessidade de um controle maior das áreas de mata, que se confundem entre públicas e particulares. Outra necessidade também é a de cursos de requalificação permanente dos guias turísticos e de ação de fiscalização que combata a atuação de monitores clandestinos.
A nossa região é única, uma Serra do Mar com o maior trecho preservado de Mata Atlântica do Estado e deve ser preservado, mas acidentes como o que aconteceu no dia 12 podem acabar afastando o interesse turístico, o que traria efeito extremamente negativo para a economia local. A região vive do turista e é necessário que seja assim, ao contrário disso logo vão se pensar em outras atividades econômicas para aquela área, ações estas que podem não ser compatíveis com a preservação ambiental de uma área que produz um dos produtos mais valiosos do planeta; água.
A região tem atrativos naturais, vegetação e fauna únicos e é por isso que é tão procurada. As empresas que tem áreas ali devem reforçar a segurança e avisos para que os aventureiros não se acidentem ou tenham experiências negativas. Para isso também é urgente que a prefeitura de Santo André invista na formação e requalificação de guias, como está fazendo agora.
Não apenas Santo André, mas toda a região deve ficar atenta a essa situação, pois é somente com o estímulo ao turismo consciente e legal que os mananciais serão preservados. Além disso, temos também a questão histórica da Vila que, sem o turista pode morrer.
Em qualquer outro lugar do mundo uma região como aquela teria uma infraestrutura completa para acomodar, entreter e paparicar o turista com o que há de melhor e jamais seriam permitidos guias inexperientes ou invasão de áreas de preservação ou que ofereçam risco. É só fazer como os moradores da Vila; é só tratar bem que o turista volta.