Quem precisou emitir ou renovar o Cartão Melhor Idade – benefício concedido aos idosos a partir de 60 anos de idade para garantir direito ao uso do transporte urbano – nas últimas semanas no endereço provisório da unidade (avenida Dom Pedro II, Jardim Santo André), relata ter enfrentado grandes dificuldades, entre elas filas de espera que superaram três horas.
Exemplo é a aposentada Marlene Ferreira Lima Barizoni, de 61 anos, que esteve na última quarta-feira (22/1) no endereço para renovar o seu benefício e teve que esperar três horas e meia para ser atendida. Além da demora, a mulher relata ter observado diversas irregularidades no endereço temporário, entre elas: galão de água no chão correndo risco de contaminação, baratas percorrendo o espaço, lixo dos sanitários transbordando e falta de produtos de higiene pessoal nos sanitários.
“Quando a água acabou o segurança tirou o galão do chão, colocou no suporte e deixou os copos descartáveis em contato com a parte do galão que estava no chão contaminado, uma nojeira, mas não tínhamos outra opção”, reclama. Marlene aponta ainda que os idosos sequer tem um local para fazer refeições ou comprar lanches enquanto aguardam atendimento.
Questionada, a AESA (Associação das Empresas do Sistema de Transporte de Santo André) defende que a alteração no local de atendimento para parte dos usuários teve como objetivo proporcionar maior conforto para os mesmos, tendo em vista que no início do ano, há demanda maior de estudantes, o que gera alta procura na sede da empresa.
Já a Prefeitura de Santo André esclarece que o serviço é de responsabilidade da AESA, que será notificada pela administração sobre todas as reclamações levantadas na reportagem.