
Estatísticas do Registro Civil do Estado de São Paulo elaboradas pela Fundação Seade revelaram que, o número de nascidos vivos de mães residentes no ABC entre 2018 e 2019 cresceu 5,1%. Enquanto no ano passado as sete cidades contabilizam juntas 2,5 milhões de munícipes, em 2019 houve um salto significativo para 2,6 milhões, pouco mais de 130 mil habitantes de diferença.
São Bernardo aparece na liderança da contagem com 4.146 novos nascimentos nos dois últimos anos, o que fez com que a cidade chegasse a 807,9 mil habitantes. Na sequência está Mauá com 4.073 nascidos, o que resultou na elevação de 451,9 mil para 456 mil munícipes. Santo André registrou 1.656 novos nascimentos entre ano passado e 2019, o que fez o município chegar a 692.207 moradores. Já Diadema apresentou variação de 1.654 munícipes, chegou a 402,8 mil nascidos vivos.
Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e São Caetano tiveram a menor variação em relação aos habitantes. A primeira cidade registrou 524 nascimentos entre 2018 e 2019, enquanto no segundo município a alta foi de somente 581 nascimentos. Já São Caetano aparece em último na lista, com apenas 128 nascidos entre o ano passado e este, o que corresponde a menos de 1% do total.
Estado aponta queda
Ainda de acordo com a pesquisa, o número de nascidos no Estado, em 2018, foi de 605,6 mil. Em 1982, ponto máximo de sua evolução, ocorreram 771.804 nascimentos no Estado de São Paulo, quase 166 mil a mais do que o total de 2018. A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) respondeu por somente metade dos nascimentos (302,9 mil) ocorridos no estado, neste último ano.
Os nascimentos ocorrem em proporções ligeiramente maiores entre março e maio, ficando abaixo da média nos últimos meses do ano.
Gravidez múltipla
A gravidez múltipla, que corresponde a nascimentos de gêmeos, trigêmeos ou múltiplos, tem aumentado no decorrer dos anos. Tais ocorrências passaram de 13 mil, em 2000, para 15,2 mil, em 2018, representando 1,9% e 2,5%, respectivamente, do total de nascimentos do Estado. Essa tendência de crescimento possivelmente está associada às mudanças de comportamento reprodutivo das mulheres, como o adiamento da maternidade, que por sua vez, pode resultar em necessidade de procedimentos para solucionar dificuldades de reprodução.
Em 2018, nasceram 310 mil meninos e 295 mil meninas, resultando em uma razão de sexo de 105 nascimentos do sexo masculino para 100 do sexo feminino, como ocorre na maioria dos países.
As idades médias da mãe e do pai foram 28,6 e 31,7 anos, respectivamente. Entretanto, para ambos, o pico ocorre em torno dos 30 anos. No período de quase 20 anos, a idade média das mães no Estado de São Paulo ampliou-se em 2,9 anos.