O ex-prefeito de Mauá Oswaldo Dias (PT) aceitou ser o vice-prefeito na chapa do vereador e pré-candidato a prefeito Marcelo Oliveira (PT). As primeiras informações são de que Dias não contava com o apoio da maioria do diretório e tal fato poderia causar problemas em uma futura prévia que aconteceria no próximo ano.
Oswaldo era considerado como o principal nome petista para a disputa do Paço em 2020 por causa do recente histórico de prefeitos, inclusive, uma pesquisa interna realizada pelo Instituto ABC Dados e revelada pelo RD apontava o nome do ex-prefeito na liderança da corrida pré-eleitoral. O mesmo levantamento também apontava a aceitação de Oliveira para uma futura candidatura.
“Já existia uma conversa dentro do partido para isso, inclusive com a direção estadual e agora estamos unidos neste desafio de participar da eleição. Estou muito tranquilo e confiante com essa situação”, disse Dias ao RDtv.
Marcelo já tinha colocado seu nome à disposição e em entrevista ao RDtv, também relatou que poderia haver um acordo entre os dois petistas para evitar prévias, algo que historicamente divide o Partido dos Trabalhadores. O vereador passou a ser cotado principalmente após a deflagração da operação Trato Feito, da Polícia Federal, em dezembro de 2018, em que seu nome e do legislador Chico do Judô (Patriota) não apareciam na suposta lista de propinas.
“É uma junção muito boa e é uma honra participar de uma chapa com o prefeito Oswaldo. Ainda temos que trabalhar muito até as eleições, mas isso é um bom início de conversa”, falou Marcelo Oliveira.
Internamente o anúncio de Oswaldo Dias não é visto como uma derrota dos petistas históricos como ocorreu em outras cidades, mas não significa que seja o fim das conversas dentro do partido para emplacar os nomes que vão participar da chapa que vai disputar o próximo pleito.
Ainda há o nome de Paulo Eugênio para ser convencido. Também pré-candidato a prefeito, Paulo virou o principal alvo das conversas internas para emplacar de vez a dupla Oliveira/Dias. Nesta semana, o ex-vice-preito entrou com um pedido de impugnação de uma reunião que aconteceria no domingo (8), e no diretório municipal e que formalizaria os pré-candidatos.
“Eu apenas quero manter o meu direito a prévia, apenas isso. Nós já tivemos prévias ao longo dos anos e ganhamos a eleição. Depois não tivemos prévias e ganhamos do mesmo jeito, ou seja, nada atrapalha, mas quero ter esse direito assegurado”, explicou Eugênio.
Segundo fontes dentro do PT, a expectativa é de que Paulo Eugênio vai anunciar a desistência, mas não se sabe as consequências deste ano, principalmente pela junção de grupos que podem debater um outro nome para substituir Oswaldo Dias como vice.
‘Petistas históricos’ perdem força
Nos últimos meses vários nomes históricos do PT na região perderam forças na tentativa de apresentar suas pré-candidaturas a prefeito ou no apoio a outros nomes. Em Santo André, o ex-prefeito João Avamileno deixou a legenda ao ser deixado de lado no seu apoio ao nome de Erick Eloi. Avamileno foi para o Solidariedade, Erick ainda não decidiu para que partido irá e o PT andreense escolheu pelo nome da vereadora Bete Siraque.
Em Rio Grande da Serra, o também ex-chefe do Executivo Ramon Velasquez não conseguiu protocolar sua inscrição para pré-candidatura e viu Erick de Paula ganhar força para ser o pré-candidato na disputa do Paço.
Nas demais cidades os considerados nomes mais importantes seguem com sua hegemonia como é o caso de Luiz Marinho, em São Bernardo, e de José de Filippi Jr., em Diadema.